Saudades da "ditabranda": Folha ataca Lula e insiste na estratégia que levou Bolsonaro ao poder

A Folha, que ataca Lula com uma "gíria jovem" usada pelos bolsonaristas, insiste na estratégia de ódio contra o ex-presidente, da mesma forma como colaborou com a ditadura e serviu de linha auxiliar para levar a "ditabranda" de Bolsonaro ao poder

Folha e a saudade da "Ditabranda" (Arquivo)
Escrito en OPINIÃO el
Em meio a achaques diários de seus jornalistas e boicotada às claras por Jair Bolsonaro, a Folha de S.Paulo parece ter mesmo saudades da ditabranda e, no fundo, gostar do autoritarismo do atual governo, desde que atenda a sanha neoliberal do mercado. Ao atacar o ex-presidente Lula, comparando a liberdade de atuação da imprensa enquanto o sindicalista ocupou a Presidência da República com o estilo "general Newton Cruz" de lidar com os jornalistas de Bolsonaro, a família Frias insiste na tática que trouxe de volta os resquícios de ditadura ao poder no Brasil. Desde o empréstimo de carros do jornal para que a Ditadura asfixiasse as vozes contrárias ao autoritarismo da época, a Folha claramente tem uma aproximação muito maior com as ideias de Bolsonaro do que com as de Lula. E não é só na adulação de Paulo Guedes e sua política entreguista neoliberal. A família Frias fala em controle da mídia por Lula, eximindo-se de dizer que é parte de um cenário ditatorial na imprensa brasileira, subvertendo a narrativa jornalística da História do país de mãos dadas com Edir Macedo, Silvio Santos, as famílias Marinho e Saad e o espólio dos Mesquita e dos Civita. A Folha, que ataca Lula com uma "gíria jovem" usada pelos bolsonaristas, insiste na estratégia de ódio contra o ex-presidente, da mesma forma como apoiou a Ditadura e colaborou para levar a Ditabranda de Bolsonaro ao poder.