Por favor, NÃO prendam Malafaia! – Por pastor Zé Barbosa Jr

Silas sabe que toda “perseguição” é vista como bem-aventurança pelo povo cristão, e cria um jogo (em sua mente perversa) perfeito: cria a própria “perseguição” e depois se vende como “O perseguido em nome da fé”

Foto: Carta Maior (Reprodução)
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Se há um sujeito esperto e que conhece bem os meandros do meio evangélico, para em cima desse conhecimento criar uma rede que gire em torno de si e, com isso, ganhar dinheiro e prestígio político, esse ser se chama Silas Malafaia, o “Macunaíma evangélico”, o “herói sem caráter”, o sujeito que há muito já vendeu sua alma ao “diabo” em troca de poder e grana.

Malafaia sabe muito bem o mundo por onde trafega e convive e faz de sua malandragem e seu jeito “profético-patético” de ser o seu ganha-pão. E bota pão nisso! Pão, mansão, jatinho e tudo o mais que um megaempresário da fé pode ter. Malafaia é pilantra, e como “bom pilantra” que é sabe bem enganar a massa evangélica, carente que é de heróis e representantes que lutem contra os “inimigos da fé”.

Malafaia não é bobo! Sabe dessa sede de guerra dos evangélicos (o nosso GENERAL é Cristo, lembram?), sabe da necessidade que toda “minoria” tem de ter aqueles que enfrentam os gigantes (transformando Davi na melhor alegoria das lutas contra os grandes e poderosos), sabe, como psicólogo, o quanto a mente infantil precisa de defensores, já que não sabe caminhar por adversidades. Pois Silas Malafaia, o “herói sem caráter”, assumiu, e bem, esse papel.

Dono de uma oratória inflamada, o verborrágico líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (denominação criada por ele numa divisão estrategicamente arquitetada) vestiu a capa de defensor da minoria evangélica (já nem tão minoria assim) e, quixotescamente, elegeu agora os “esquerdopatas” (antes eram os homossexuais) como seus moinhos de vento a serem destruídos. E, na esteira dos “esquerdopatas”, volta sua verve belicosa e violenta para o STF, com um único objetivo: ser preso!

Silas sabe que toda “perseguição” é vista como bem-aventurança pelo povo cristão, e cria um jogo (em sua mente perversa) perfeito: cria a própria “perseguição” e depois se vende como “O perseguido em nome da fé”. Malafaia atravessa uma crise financeira sem precedentes, vê suas empresas da fé em recuperação judicial e tem sido desmascarado por muitos, o que arrefece o seu sistema de “colaboração financeira”, que eu prefiro chamar de estelionato da fé. Outros pilantras como Magno Malta (também em baixa) também têm buscado esse recurso, já que o STF tem mandado prender os que estão se levantando contra as instituições democráticas.

Por isso o meu pedido: NÃO prendam Malafaia! Pelo menos não agora, não antes do Bolsonarismo ser derrotado pelo voto popular e a vergonha se instaurar definitiva sobre os falsos pastores que apoiam o genocida que, infelizmente, ocupa o poder de nossa nação. Tudo o que Malafaia quer é ser preso e sacar de sua manga podre o discurso de “perseguido pelo Evangelho”. Tudo o que ele precisa é vender a imagem de mártir, que cai como uma luva dentro de um movimento que vê a perseguição como algo que é típico dos verdadeiros profetas e “homens de deus”, coisa que Malafaia nunca foi e nunca será!

Não caiam na esparrela que ele tenta promover em seus programas e vídeos onde, aos berros, vocifera contra tudo o que é bom, tudo o que é justo, tudo o que é para o bem comum. Malafaia não tem escrúpulos, não tem vergonha e não tem caráter. Sabe onde quer chegar. Sabe que ser preso agora pode lhe render muitos dividendos e posar de “bom moço” para aqueles que, incautos, acreditam nos mercenários da fé.

Que ele assista, “livre”, a sua derrocada. E as aspas aqui são necessárias, já que liberdade é algo que passa longe da “alma sebosa” do Macunaíma evangélico. Livres seremos nós, depois da derrubada de Bolsonaro e sua perversa quadrilha, da qual Malafaia é, hoje, um dos principais nomes.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!

**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.