OPINIÃO

Se vivo Jesus fosse, seria um anticapitalista? - Por André Lobão

Como Jesus Cristo lidaria com a teologia da prosperidade, em que a abundância material é considerada uma benção divina, e a mercantilização da fé, que promete o paraíso para quem doa parte do acumulado?

Cristo em encenação da Via Sacra em Planaltina, no Distrito Federal, em 2024.Créditos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Escrito en OPINIÃO el

Jesus se dedicou aos pobres, falando sempre em repartir o pão e criticava de forma contundente os ricos, condenando o acúmulo e a riqueza efêmera.

Hoje alguns que professam sua doutrina pregam justamente ao contrário do ele disse, mostrando uma grande contradição.

Como Jesus Cristo lidaria com a teologia da prosperidade, em que a abundância material é considerada uma benção divina, e a mercantilização da fé, que promete o paraíso para quem doa parte do acumulado?

Por que algumas correntes do cristianismo não consideram como pecado a acumulação abundante, negando o próprio Cristo?

Jesus pregou em vida que era necessário para um cristão amar a todos sem preconceito, aceitando todas as diferenças, não aceitando qualquer discurso de opressão. Ele aceitaria, por exemplo, preconceito contra outras religiões, e supremacismo contra outros povos por conta de raça e nacionalidade?

Jesus combateu à violência contra as mulheres, condenou a submissão das mulheres aos homens.

Após 2025 anos, o que Cristo pregou em vida na  sua doutrina foi apropriado e transmutado ao contrário do que disse, que o digam os mercadores da fé que hoje se proclamam líderes das extrema-direita, que pregam o discurso de ódio e idolatram o dinheiro como seu verdadeiro Deus.

Imagine uma conversa na mesma mesa  entre Trump, Bolsonaro,  Netanyahu e Elon Musk?

Temas

Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar
Carregar mais