1º de Maio: Haddad prega combate aos neoliberais e recomposição do campo progressista

A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ainda afirmou que "nunca ficou tão evidente o desprezo da elite brasileira e seus representantes" e que é preciso que os trabalhadores mudem a política

Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann (Reprodução)
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O ex-ministro Fernando Haddad participou na tarde desta sexta-feira (1) da live das centrais sindicais em razão do primeiro de maio. O candidato do PT às eleições de 2018 pregou a resistência contra a retirada de direitos e o retorno dos movimentos sociais a uma postura ofensiva.

"Nossa tarefa é resistir mais uma vez: impedir os retrocessos, recompor o campo progressista, vigiar aqueles que foram eleitos com as bandeiras trabalhistas, combater os neoliberais que dilapidam os nossos direitos", disse Haddad.

Haddad ainda defendeu que é necessário que os movimentos sindicais e sociais devem "voltar à ofensiva e recuperar os direitos dilapidados e vilipendiados nos últimos 4 anos".

"Pelo quarto ano consecutivo, os governos neoliberais vem atacando todas as conquistas, de décadas, da classe trabalhando. Desde os anos 20, passando pela CLT, pela Constituição de 88, várias jornadas de lutas bem sucedidas que garantiram os direitos dos trabalhadores de então e dos anos seguintes", disse ainda.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também participou da live nesta tarde. A deputada federal (PT-PR), afirmou que "nunca ficou tão evidente a importância do trabalho humano". "Não é o capitalismo que produz riqueza, não é o mercado que faz a economia girar ou crescer, o que faz funcionar é o trabalho humano. São milhões de homens e mulheres que fazem a transformação", afirmou.

"E também nunca ficou tão evidente o desprezo da elite brasileira e seus representantes, em especial Jair Bolsonaro, com o direito dos trabalhadores e trabalhadoras", disse. "Não podemos aceitar isso. Aqueles que tem força para girar a economia tem que ter força também para mudar a política", completou, pedindo Fora Bolsonaro.

Mais cedo, o ex-presidente Lula compartilhou um vídeo em suas redes afirmando que a tragédia do coronavírus deixou o capitalismo nu. "Foram necessários trezentos mil cadáveres para a humanidade ver uma verdade que nós, trabalhadores, conhecemos desde o dia que nascemos. A tragédia do Coronavírus expôs à luz do sol uma verdade inquestionável: o que sustenta o capitalismo não é o capital”, disse.

A ex-presidenta Dilma também compartilhou um vídeo em que classifica este 1º de Maio como o mais trágico da história. “Se o presidente despreza a vida, e dá de ombros, dizendo ‘E daí?’, nossa busca determinada por mudanças mostrará a ele que o povo brasileiro vai impor sua vontade e retomar o caminho da justiça social e do desenvolvimento do país”, afirmou.

https://www.youtube.com/watch?v=PPW19thI71M