Jean Wyllys denuncia "militarização" da Polícia Legislativa e ataca Eduardo Cunha

Depois que a Polícia Legislativa atacou manifestantes contrários ao PL da terceirização, o deputado federal publicou um texto em que revela que tentou intervir na ação, mas que a segurança "segue cegamente as ordens de Eduardo Cunha e usam de violência desmedida para conseguir cumpri-las"

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Depois que a Polícia Legislativa atacou manifestantes contrários ao PL da terceirização, o deputado federal publicou um texto em que revela que tentou intervir na ação, mas que a segurança "segue cegamente as ordens de Eduardo Cunha e usam de violência desmedida para conseguir cumpri-las" Por Redação  O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) revelou que apelou junto à Polícia Legislativa para evitar a ação da tarde desta terça-feira (7) , em frente ao Congresso Nacional, contra manifestantes contrários ao  Projeto de Lei (PL) 4330/04, o PL da terceirização. Ao menos 7 pessoas ficaram feridas com as bombas de gás e sprays de pimenta lançados pela polícia. "Sob ordens de Eduardo Cunha, a Polícia Legislativa está usando de violência e força bruta contra trabalhadores [...]  não respeitou sequer os apelos e mediações de nós deputados que não nos opomos à presença de trabalhadores aqui porque segue cegamente as ordens de Eduardo Cunha e usam de violência desmedida para conseguir cumpri-las", afirmou em texto postado no seu perfil do Facebook.  O parlamentar chamou atenção ainda para uma crescente "militarização" da Polícia Legislativa sob a gestão do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB). "Há tempos venho denunciando a militarização da Polícia Legislativa e sua crescente resistência a movimentos sociais e de trabalhadores que sob a gestão de Eduardo Cunha, vem se intensificando porque Cunha só respeita corporações comerciais", apontou.  Confira a íntegra da nota do deputado:

"Sob ordens de Eduardo Cunha, a Polícia Legislativa está usando de violência e força bruta contra trabalhadores de diferentes centrais sindicais que estão aqui na Câmara dos Deputados pra exigir a retirada de pauta do PL 4330/04. O projeto abre as portas pra terceirização e é do interesse de Cunha e dos empresários que lhe financiam em campanhas eleitorais. Por isso, quer mantê-lo na pauta.

A Polícia Legislativa feriu gravemente pelo menos dois dos trabalhadores. Um deles teve de ser conduzido em cadeiras-de-roda até o Departamento Médico. Também não respeitou sequer os apelos e mediações de nós deputados que não nos opomos à presença de trabalhadores aqui porque segue cegamente as ordens de Eduardo Cunha e usam de violência desmedida para conseguir cumpri-las.

Há tempos venho denunciando a militarização da Polícia Legislativa e sua crescente resistência a movimentos sociais e de trabalhadores que sob a gestão de Eduardo Cunha, vem se intensificando porque Cunha só respeita corporações comerciais. E o presidente da Câmara vem cometendo esses abusos porque está relativamente blindado por boa parte da imprensa, embora citado na Lava Jato. Tempos sombrios!" Foto: Igor Carvalho