Lula, sobre Youssef: "É inaceitável que o Brasil seja transformado em refém de um criminoso"

"É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país", criticou o ex-presidente, acenando ainda para 2018. "Se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro"

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"É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país", criticou o ex-presidente, acenando ainda para 2018. "Se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro" Por Redação  Nesta terça-feira (12), um dia depois de ser citado pelo doleiro Alberto Youssef na CPI da Petrobras, o ex-presidente Lula publicou, em sua página do Facebook, uma nota em que faz fortes críticas ao fato de o país ter se tornado, segundo ele, "refém" de um criminoso "notório e reincidente". "É inaceitável que uma grande democracia como o Brasil, com 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, seja transformada em refém de um criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos – e garante para si um percentual na recuperação do dinheiro que ajudou a roubar", escreveu. Em sua nota, o ex-presidente rebateu o doleiro colocando em xeque toda a credibilidade de suas informações, tendo em vista o próprio histórico de Youssef com delações. No caso Banestado, ele fez acordo de delação sob condição de não voltar ao crime, não tendo cumprido o combinado. "É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas democraticamente pelo voto popular", completou Lula.  No final, o ex-presidente ainda fala, indiretamente, que concorrerá as eleições de 2018. "Se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro".  Confira a íntegra da nota:

"É inaceitável que uma grande democracia como o Brasil, com 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, seja transformada em refém de um criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos – e garante para si um percentual na recuperação do dinheiro que ajudou a roubar.

É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas democraticamente pelo voto popular. Que se dê crédito a criminosos para apontar quem é e quem não é honesto neste País.

É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis, quando tais pessoas se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro. O Brasil merece ser tratado com mais responsabilidade e seriedade. Assessoria de Imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva" Foto: Ricardo Stuckert