CPI da Petrobras: Deputado quer convocar superintendente do Instituto FHC

“O presidente do Instituto Lula foi convocado porque a entidade recebeu doação da Camargo Corrêa. Se isso é critério para ser investigado na CPI, então que venha o Fausto: o IFHC recebeu da Camargo Correia em 2011, recebeu em 2002, recebeu até da Sabesp, uma empresa pública controlada pelo governo do PSDB de São Paulo”, afirma Jorge Solla (PT-BA)

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O presidente do Instituto Lula  foi convocado porque a entidade recebeu doação da Camargo Corrêa. Se isso é critério para ser investigado na CPI, então que venha o Fausto: o IFHC recebeu da Camargo Correia em 2011, recebeu em 2002, recebeu até da Sabesp, uma empresa pública controlada pelo governo do PSDB de São Paulo”, afirma Jorge Solla (PT-BA) Por Redação O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) protocolou dois requerimentos nesta quarta-feira (17) na CPI da Petrobrás, pedindo a convocação e a quebra de sigilo do superintendente-executivo do Instituto FHC, Sérgio Fausto. A alegação do parlamentar é que os trabalhos da comissão devem ser “isentos”, referência à convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para falar a respeito das doações de R$ 3 milhões feitas pela construtora Camargo Corrêa entre 2011 e 2013. “O presidente do Instituto Lula foi convocado porque a entidade recebeu doação da Camargo Corrêa. Se isso é critério para ser investigado na CPI, então que venha o Fausto: o IFHC recebeu da Camargo Corrêa em 2011, recebeu em 2002, recebeu até da Sabesp, uma empresa pública controlada pelo governo do PSDB de São Paulo”, ressalta Solla. Em valores corrigidos, as doações feitas por doze empresas para a criação do instituto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso seriam equivalentes a R$ 16,3 milhões. De acordo com o deputado, os requerimentos protocolados, 878/2015 e 880/2015, foram apresentados como uma forma de evidenciar a parcialidade do presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB). “Agora ele tem uma situação igual, idêntica, nas mãos. Se ele prejudicar e não colocar para votar esses requerimentos, prova mais uma vez que usa de dois pesos e duas medidas, comprometendo toda a investigação com a mácula da perseguição política”, afirmou. Ontem (16), parlamentares do PT voltaram a acusar o que entendem ter sido uma manobra política da presidência da CPI, articulada com a oposição. Na semana passada, 140 requerimentos foram votados em bloco, de uma única vez, sem discussão entre os membros da comissão. Entre os pedidos estava a convocação de Okamotto. Foto: Alex Ferreira / Câmara dos Deputados