Dilma presta depoimento a Moro como testemunha de defesa de Bendine

“Eu convidei o doutor Bendini e eu disse a ele que, para mim, era importante que ele deixasse a presidência do Banco do Brasil e fosse para a Petrobras", disse Dilma a Moro

Dilma Roussef. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Escrito en POLÍTICA el
“Eu convidei o doutor Bendini e eu disse a ele que, para mim, era importante que ele deixasse a presidência do Banco do Brasil e fosse para a Petrobras", disse Dilma a Moro Da Redação* Dilma prestou depoimento em Belo Horizonte ao juiz Sérgio Moro, na manhã desta sexta-feira (27), como testemunha de defesa do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine. Sua fala durou cerca de 30 minutos. A ex-presidente chegou por volta das 10h50 na sede da Justiça Federal em Belo Horizonte para prestar o depoimento, por videoconferência, a Moro, que atua em Curitiba. Dilma esteve na Justiça Federal acompanhada do advogado Leonardo Isaac Yarochiwsky. “Eu convidei o doutor Bendini e eu disse a ele que, para mim, era importante que ele deixasse a presidência do Banco do Brasil e fosse para a Petrobras", disse Dilma a Moro. A ex-presidente relatou, ainda, que fez o convite quando Graça Foster decidiu deixar a presidência da estatal. Ao longo do depoimento, porém, Dilma deixou claro que gostaria que Graça tivesse continuado o seu trabalho como presidente da Petrobras. "Em um determinado fim de semana, não lembro a data, ela, em definitivo, disse que se afastaria e me pediu que eu tomasse uma providência. A Petrobras não podia ficar sem direção", contou. "Escolhi o doutor Bendine e o doutor Ivan [de Souza Monteiro] pelo desempenho que eles tinham tido diante do Banco do Brasil, que era um elemento, para mim, bastante valioso", acrescentou. De acordo com Dilma, a atuação de Bendine e Monteiro fez com que o banco, que estava em uma "situação frágil", apresentasse "bons resultados". Ainda segundo a ex-presidente, foi necessário persuadir Bendini a aceitar o cargo, pois ele estava em uma "posição confortável" no banco. "Houve a necessidade de uma persuasão. Eu persuadi o doutor Bendini a aceitar, junto com o doutor Ivan. Por que era também complicado? Era a saída dos dois, mas eles tinham sucessores naturais, pelo que me informaram. E, aí, foi possível fazer uma transição muito rápida", afirmou. Dilma foi ouvida por videoconferência com a Justiça Federal de Belo Horizonte, onde está cuidando da saúde de sua mãe. A ex-presidente chegou para prestar depoimento pouco antes das 11h e falou por cerca de meia hora. *Com informações do G1 e do UOL Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado