Senado elege hoje sucessor de Renan Calheiros. Favorito é citado em duas delações da Lava Jato

O senado definirá nesta quarta-feira (1º) quem será o substituto de Renana Calheiros (PMDB-AL) na presidência da casa. Por enquanto, apenas dois candidatos se apresentaram. O favorito é Eunício Oliveira, citado duas vezes na Lava Jato.

O senador Eun?cio de Oliveira, presidente da Comiss?o de Constitui?o, Justia e Cidadania (CCJ) fala a imprensa sobre reforma administrativa.
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O senado definirá nesta quarta-feira (1º) quem será o substituto de Renana Calheiros (PMDB-AL) na presidência da casa. Por enquanto, apenas dois candidatos se apresentaram. O favorito é Eunício Oliveira (foto), citado duas vezes na Lava Jato. Da Redação com Informações do G1 e do Uol O senado definirá nesta quarta-feira (1º) quem será o substituto de Renana Calheiros (PMDB-AL) na presidência da casa. Até a noite desta terça (31), somente dois senadores declararam a candidatura: Eunício Oliveira (PMDB-CE) e José Medeiros(PSD-MT) – os registros das candidaturas podem ser feitos até momentos antes da votação. Enquanto Eunício, aliado do presidente Michel Temer, é tido entre os senadores como o favorito na disputa. José Medeiros, que sequer conta com o apoio do partido dele, espera conseguir votos de parlamentares descontentes com a concentração do poder do Senado na cúpula do PMDB, formada pelo próprio Eunício, por Renan Calheiros e por Romero Jucá (RR). A votação está marcada para as 16h e, a poucas horas da definição, alguns partidos, entre os quais o PT, se reunirão ainda na manhã desta quarta para decidir quem apoiarão na disputa. Eunício, o favorito, é citado duas vezes na Lava Jato Eunício Lopes de Oliveira, o favorito, é citado em duas delações da Lava Jato. Ele é agropecuarista e empresário. Delatores da investigação comandada por Janot citaram o senador como um dos beneficiados pelo esquema de corrupção em que empreiteiras repassavam recursos de propina a políticos e partidos - Eunício não é alvo de inquérito relacionado à Lava Jato. O ex-senador Delcídio Amaral (ex-PT, hoje sem partido) disse em sua delação que Eunício faria parte do grupo de parlamentares do PMDB que exercia influência em diretorias da estatal em troca de propina. Delcídio ainda disse que Eunício colocava suas empresas de prestação de serviços para operar junto à Petrobras e a diversos ministérios. O ex-diretor da Hypermarcas e delator da Operação Lava Jato Nelson Mello disse em depoimento que repassou R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de Eunício ao governo do Ceará em 2014. Outro delator, o ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse que Eunício recebeu R$ 2,1 milhões em propina para aprovar uma MP (medida provisória) de interesse da companhia. Mansão e mordomia Após ser eleito, o presidente do Senado tem direito a morar em uma mansão com jardim, piscina e churrasqueira na Península dos Ministros, área nobre de Brasília localizada em um dos bairros mais luxuosos da capital. A mansão – em um terreno de 13 mil m² – tem cinco quartos (dos quais três suítes), sete banheiros, cozinha, copa, salas de jantar, estar e TV, escritório, sala de apoio e área de serviço. Atualmente, prestam serviço na residência oficial um administrador, 12 seguranças, três cozinheiras, dois auxiliares de cozinha, duas passadeiras, três camareiras, três auxiliares de serviços gerais, cinco garçons, um jardineiro e dois auxiliares de jardinagem. O Senado paga todas as despesas da residência oficial, incluindo os gastos com comida, energia elétrica, água e telefone, além dos salários dos funcionários. O presidente do Senado também pode usar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), mas, se preferir utilizar aviões de carreira, as passagens são custeadas pela Casa. Em deslocamentos por terra, ele tem direito a utilizar um carro oficial, escoltado por policiais legislativos. Além de tudo isso, o presidente do Senado é assessorado diretamente por um conjunto de funcionários. Há, pelo menos, 111 servidores servindo a presidência da Casa, divididos entre assessores legislativos, de imprensa e de gabinete, além de seguranças e auxiliares que dão suporte a ele no Congresso ou na residência oficial. Foto: Agência Brasil