Com Temer, pobreza aumenta e redução da desigualdade no Brasil volta a ficar estagnada

A Oxfam aponta como fator principal a emenda constitucional 95, proposta pelo governo Michel Temer (MDB) e aprovada em 2016 para impedir o aumento das despesas públicas acima da inflação por duas décadas.

Agência Brasil
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O retrocesso com a ascensão do governo golpista de Michel Temer (MDB) começa a aparecer em dados internacionais. Relatório da organização não governamental Oxfam mostra que a desigualdade de renda domiciliar per capita, medida pelo Índice de Gini, permaneceu inalterada entre 2016 e o ano passado, interrompendo um processo de queda iniciado em 2002. O relatório utiliza os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE. Durante os mandatos do ex-presidente Lula e da presidenta eleita Dilma Rousseff a Oxfam relatou redução da desigualdade. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26), após o golpe parlamentar foi registrado aumento da pobreza. Em 2017, o Brasil contava 15 milhões (7,2% da população) de pessoas consideradas pobres pelo Banco Mundial — renda de até US$ 1,9 (R$ 7,3) por dia. Trata-se de um crescimento de 11% em relação a 2016. Com os números, o Brasil passou de 10º para o 9º mais desigual do mundo em uma lista de 189 países, segundo o relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que também usa o Índice de Gini. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a Oxfam aponta como fator principal para o resultado a aprovação do teto de gastos com serviços públicos, que atingiu muitos projetos sociais do governo. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais A emenda constitucional 95, proposta pelo governo Michel Temer (MDB) e aprovada 2016 para impedir o aumento das despesas públicas acima da inflação por duas décadas, é considerada uma "medida extrema" pela entidade. O estudo defende a revogação do teto mediante o argumento de que a regra, ao longo do tempo, vai comprometer a liberação de recursos para áreas sociais —que têm menor poder de pressão na disputa por dinheiro público. Assim, no médio e longo prazo, o teto contribuirá para aprofundar a desigualdade. Agora que você chegou ao final desse texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais