Caso Marielle 60 dias: “Investigações estão na etapa final”, diz Raul Jungmann

Hoje, investigadores não têm dúvidas sobre o envolvimento de políticos, milicianos, policiais e ex-policiais com o crime

Marielle Francco
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Dois meses depois dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os investigadores não têm dúvidas sobre o envolvimento de políticos, milicianos, policiais e ex-policiais com o crime. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro tem agora um único caminho para chegar aos responsáveis pelo crime. No momento, os investigadores cruzam nomes obtidos em depoimentos e investigações com números de telefones celulares, numa tentativa de descobrir quem estava no local do crime na noite de 14 de março passado. A polícia tenta comprovar e saber o que há de real no depoimento de um delator apresentado por três delegados federais no fim de abril. O delator, que chegou a integrar uma milícia, está sob proteção do Estado do RJ. A testemunha apresentou mais de 10 nomes, entre policiais da ativa, reformados, além do ex-PM, Orlando de Oliveira Araújo, que comandaria da cadeia uma milícia na Zona Oeste do Rio, e do vereador Marcello Siciliano (PHS), com base eleitoral na mesma região da cidade. Os dois últimos como mandantes das mortes. Na quinta-feira (10), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que entre os investigados no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco estão um vereador, um policial militar e um ex-PM, que está preso acusado de chefiar uma milícia. "O que eu posso dizer é que esses e outros são investigados e que a investigação do caso Marielle está chegando à sua etapa final, e eu acredito que em breve nós devemos ter resultados”, disse o ministro. Com informações do G1