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[caption id="attachment_140373" align="alignnone" width="700"] Foto: Beto Barata/Fotos Públicas[/caption]
O general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), parece que está se esforçando para divulgar declarações no mínimo infelizes. Durante uma palestra dirigida a empresários, nesta segunda-feira (17, em São Paulo, o militar chamou de “mulambada”, pessoas originárias de países emergentes aliados do Brasil. As informações são de Jussara Soares, de O Globo.
“Partimos também para aquela diplomacia que foi chamada de Sul-Sul, e aí nos ligamos com toda a mulambada, me perdoem o termo, existente do outro lado do oceano, do lado de cá, que não resultou em nada, só em dívidas que foram contraídas e estamos levando calote disso aí. Entregamos nossos recursos para esse pessoal”, afirmou o general.
Após a palestra, em entre vista, Mourão chegou a dizer que o termo “mulambada” foi usado por ele só para agradar a plateia. “Foi apenas para o auditório ficar mais satisfeito. Não eram os países que trariam, digamos assim, o retorno do investimento que fizemos. Só isso”, minimizou.
Mãe e avó
Ainda durante a palestra, ele afirmou que o narcotráfico se instala em áreas “sem pai nem avô”. De acordo com Mourão, esse ambiente apenas com “mãe e avó” seria uma “fábrica de elementos desajustados”.
“A partir do momento em que a família é dissociada, surgem os problemas sociais que estamos vivendo. E atacam eminentemente nas áreas carentes, onde não há pai nem avô. É mãe e avó. E por isso, torna-se realmente uma fábrica de elementos desajustados e que tendem a ingressar nessas narcoquadrilhas que hoje afetam todo nosso país e em particular as nossas grandes cidades”, afirmou.
O general voltou a defender uma nova Constituição e negou que seja “antidemocrático”. “Se eu fosse antidemocrático eu não estava participando da eleição, eu estava lá com a minha 45, limpando ela bonitinho e aguardando melhores dias. Não é isso o que estou fazendo, obviamente. Nenhum de nós tem dúvida de que a nossa Constituição é terrível. Ela abarca do alfinete ao foguete. A minha visão é clara. A Constituição tem que ser de princípios e valores, ou seja, o norte, a bússola do país para o resto da sua existência”, acrescentou.