PSOL denuncia Bolsonaro à ONU por “desmantelamento do sistema de proteção ambiental”

A denúncia foi enviada à alta comissária da ONU para Direitos Humanos, a ex-presidenta chilena, Michelle Bachelet, e outros seis relatores

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Um grupo de deputados do PSOL denunciou o governo de Jair Bolsonaro junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e solicitou que a entidade encaminhe ao país uma missão de relatores para avaliar o que chamam de “alarmante desmantelamento do sistema de proteção ambiental no Brasil”. A denúncia foi enviada à alta comissária da ONU para Direitos Humanos, a ex-presidenta chilena, Michelle Bachelet, e outros seis relatores e foi assinada por parlamentares como Fernanda Melchionna e Marcelo Freixo, entre outros, de acordo com informações da coluna de Jamil Chade, no UOL. Não é sócio Fórum? Quer ganhar 3 livros? Então clica aqui. Bachelet será uma das participantes da reunião do Clima, em Madri (Espanha). O fato pode aumentar ainda mais a pressão internacional sobre o Brasil. “O governo de Jair Bolsonaro vem promovendo um alarmante desmantelamento do sistema de proteção ambiental no Brasil, agindo com extrema negligência diante de tragédias ambientais como os incêndios na Floresta Amazônica e o enorme derramamento de petróleo que vem contaminando a costa brasileira desde agosto deste ano”, disseram os deputados. “Nos últimos doze meses, o desmatamento na Amazônia brasileira cresceu 29,5% - um total de 9.762 quilômetros quadrados de floresta foram destruídos este ano; e o derramamento de petróleo já atingiu mais de 500 locais nas costas nordeste e sudeste do Brasil, contaminando 68% do total de municípios nordestinos”, destacaram. “Enquanto isso, o presidente brasileiro e seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, reduziram drasticamente o orçamento para políticas ambientais, promoveram o relaxamento das inspeções e incentivaram a impunidade dos crimes ambientais”, observaram os parlamentares. Perseguição e censura “O governo federal também avançou na perseguição e censura aos órgãos ambientais, desmantelando mecanismos de participação, atacando organizações não governamentais (ONGs) e não protegendo a vida dos defensores do meio ambiente. Além disso, as unidades de preservação são constantemente ameaçadas e novas licenças são emitidas para pesticidas que antes eram proibidos pela legislação brasileira, colocando em risco o meio ambiente e a vida de milhões de brasileiros e, de fato, da população mundial em geral”, acrescentaram.