Renan Calheiros vira réu na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

A Segunda Turma do STF aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o senador; defesa diz que ele é alvo de perseguição

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) se tornou réu em processo relacionado à Operação Lava Jato. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tomou a decisão nesta terça-feira (3). O emedebista é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A Segunda Turma aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador. Está é a primeira vez que o Calheiros vira réu na Lava Jato.

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No entanto, a aceitação da denúncia não representa condenação. O próximo passo é a abertura de uma ação penal para investigar as acusações.

A defesa do parlamentar nega os crimes. Luís Henrique Machado, advogado do senador, afirma que ele é alvo de perseguição.

“Nos três capítulos da denúncia que transcrevemos, Sérgio Machado não se lembra de ter pedido propina à NM Engenharia. Ou seja, o próprio Sérgio Machado não se lembra, e agora o MP vir apresentar denúncia é deixar a defesa pasma. A PF é peremptória ao dizer que não há elementos para sustentar a denúncia”, afirmou.

Sérgio Machado é o ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras. A denúncia Calheiros foi denunciado em agosto de 2017 por suspeita de receber, entre 2008 e 2010, R$ 1,8 milhão por intermédio de diretórios do MDB e PSDB em Aracaju, Alagoas e Tocantins. De acordo com a Procuradoria, em troca de receber valores da NM Engenharia, o senador mantinha no cargo de presidente da Transpetro Sérgio Machado.