Vélez-Rodriguez compara Brasil atual com Colômbia de Pablo Escobar e gera revolta na Câmara

"Lamentável. O ministro da Educação Vélez comparece à Comissão para esclarecer suas decisões infelizes no MEC e piora sua situação, abordando o tema uso de crack, narcotráfico, diz que o Brasil hoje caminha para ser a "Colômbia de ontem". Vergonhoso para o governo e desrespeito com o país", disse Zeca Dirceu (PT/PR)

Ministro Velez-Rodriguez em audiência na Comissão de Educação da Câmara (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
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Pendurado por um fio no comando do Ministério da Educação, o colombiano Ricardo Vélez-Rodriguez complicou ainda mais sua situação durante depoimento à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira (27). Vélez causou revolta entre os parlamentares ao comparar o Brasil atual com a Colômbia de "30 anos atrás". "Acho que o que se passou na Colômbia 30 anos atrás está se passando no Brasil (hoje) em decorrência do problema das drogas", disse ele, referindo-se à época em que o tráfico de drogas em seu país de origem era comandado pelo megatraficante Pablo Escobar. "Lamentável. O ministro da Educação Vélez comparece à Comissão para esclarecer suas decisões infelizes no MEC e piora sua situação, abordando o tema uso de crack, narcotráfico, diz que o Brasil hoje caminha para ser a "Colômbia de ontem". Vergonhoso para o governo e desrespeito com o país", tuitou o deputado Zeca Dirceu (PT/PR). Indicado pelo astrólogo Olavo de Carvalho, Vélez minimizou a importância do guru nas suas decisões frente à pasta. "Não tomo conhecimento", disse sobre as brigas políticas de Olavo com a ala militar do MEC, ressaltando que "os critérios para nomeação e exoneração são técnicos". Vélez ainda ouviu do deputado Ivan Valente (PSol/SP) que estaria "no bico do corvo", em relação à sua fragilidade no comando da pasta. O ministro disse, no entanto, que "ficarei no Ministério até que senhor presidente me diga 'muito obrigado, tchau'". Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.