Delegado da PF e deputado do PSL: idade mínima para aposentadorias levará policiais à morte

Posição aponta resistência da bancada que representa profissionais da segurança em engolir Reforma da Previdência de Bolsonaro

O deputado Felícia Laterça é delegado da PF e do partido de Bolsonaro - Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados
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“Quando se fixa uma idade mínima ou eleva o tempo de contribuição, está se levando essas pessoas à morte”. A afirmação é do deputado federal Felício Laterça (PSL-RJ), delegado da Polícia Federal (PF), referindo-se a possíveis efeitos sobre trabalhadores da segurança pública em caso de aprovação da PEC da Reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro (PSL). O tema foi abordado em pronunciamento durante Sessão Solene em homenagem aos trabalhadores da PF, nesta quinta-feira (28), no Plenário da Câmara, antes de o parlamentar conceder entrevista à Fórum. Ele defende ajustes no texto, voltados aos policiais militares, civis, rodoviários, ferroviários, federais e aos bombeiros. “Nós entendemos que todos aqueles abarcados no rol da segurança pública merecem, não privilégio, mas uma proteção especial. O dia a dia de um policial é extremamente desgastante (...) Temos inúmeros policiais falecendo e tombando nas ruas, até quando saem com suas famílias”, explica Laterça. Ele também defende que os policiais de modo geral – fortemente representados no Congresso pela ‘Bancada da Bala’ – sejam tratados pela proposta de reforma com as mesmas condições dos militares das Forças Armadas, para os quais o governo Bolsonaro propôs a reestruturação das carreiras. Para policiais civis e federais, a PEC de Bolsonaro estipula idade mínima de 55 anos. A regra atual não prevê esse tipo de exigência. Felício Laterça defende que, no ajuste, fique estabelecida regra de transição a fim de contemplar todos os servidores da segurança já ingressos no regime. “Tem que ser respeitado, com um fato previdenciário para haver compensação”, finaliza.   Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.