Regulamentação da maconha para uso medicinal divide governo Bolsonaro

Declaração do general Villas Bôas, ex-comandante do Exército, favorável à regulamentação pela Anvisa influenciou internamente

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Enquanto o ministro da Cidadania, Osmar Terra, prega contra a regulamentação da cannabis para uso medicinal em seu Twitter, o general Villas Bôas, ex-comandante do Exército e atual assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se coloca favorável e divide o governo. Segundo o colunista Guilherme Amado, da Revista Época e da Rádio CBN, a regulamentação por parte da Anvisa tem gerado tensões. A defesa feita por parte de Villas Bôas, que criticou a "hipocrisia social" fez o governo refletir sobre o projeto. Adriana Villas Boas, filha do general, possui uma doença degenerativa e gostaria de fazer uso do canabidiol para atenuar as dores que sente, mas a burocracia e o alto custo a impedem de fazê-lo. Villas Bôas já disse que pretende abrir um instituto com sua filha Adriana para ajudar pessoas que sofrem com doenças incapacitantes, e que querem fazer uso do medicamento. O presidente Jair Bolsonaro chegou a acompanhar a postura de Terra contrária à regulamentação, mas logo recuou jogando a responsabilidade exclusivamente para a Anvisa. Segundo Amado, a tendência é que a cannabis medicinal seja liberada.