Projeto anti-crime de Moro ganha reforço de robôs nas redes após morte de Ágatha no Rio

A morte da menina Ágatha, assassinada com um tiro nas costas quando voltava para casa com a mãe, no Rio de Janeiro, reacendeu o debate em torno de um dos pontos mais polêmicos da proposta, o excludente de ilicitude

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Coincidência ou não, bastou o pacote anti-crime de Sérgio Moro ressurgir no debate público – motivado pela discussão em torno do assassinato da menina Ágatha Félix, assassinada ao que tudo leva crer pela PM na última sexta (20) –, que aliados do ministro e robôs inundaram o Twitter nesta segunda-feira (23) com mensagem em prol da aprovação da proposta. Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara, afirmou ao portal Crusoé que se reunirá, ainda esta semana, com os deputados do grupo de trabalho que analisa o projeto. No Paraná, a bandeira em defesa da proposta tem sido conduzida pelo pai de Felipe, o deputado estadual Delegado Francischini. Já no Congresso, a defesa ganhou a adesão da pesselista eleita pelo Distrito Federal, Bia Kicis, que declarou total apoio e foco na retomada da discussão na CCJ. Nesta segunda, o Movimento Vem Pra Rua, bancado por um conglomerado de empresários, lançou um abaixo-assinado em apoio ao Pacote que, de acordo com a entidade, já reúne 260 mil assinaturas. A morte da menina, assassinada  com um tiro nas costas quando voltava para casa com a mãe, no Rio de Janeiro, reacendeu o debate em torno de um dos pontos mais polêmicos da proposta, o excludente de ilicitude. Promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, o item prevê que o juiz poderá reduzir pela metade ou mesmo deixar de aplicar a pena de policias em casos morte cometida em legítima defesa se o "excesso decorrer de escusável medo, surpresa ou violenta emoção". Hoje, o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que pedirá uma 'avaliação cuidadosa e criteriosa' sobre o tema.