O favoritismo de Manuela D´Ávila na disputa pela Prefeitura de Porto Alegre está incomodando bastante alguns porta-vozes da direita brasileira, como deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o astrólogo Olavo de Carvalho, que decidiram “declarar guerra”, inclusive usando essas palavras – como fez o filho do presidente em um tuíte recente.
Mas a candidata do PCdoB respondeu, neste sábado (10), que não se deixará intimidar pelas ameaças, e também disse o que acha da “guerra” convocada pelos bolsonaristas contra ela, “feita com mentiras, ameaças, fake news e todo tipo de violência”.
“Num dia o guru astrólogo fake, no outro dia o filho que queria ser embaixador. Vocês sabem por que a turma do gabinete do ódio está “convocando voluntários pra uma guerra” (palavras deles) contra mim? Porque nós lideramos as pesquisas e vamos juntas transformar Porto Alegre na capital da democracia e solidariedade. Conheço a guerra que o filho do presidente convocou. Já os enfrentei antes. A guerra deles é feita com mentiras, ameaças, fake news e todo tipo de violência. Não vão nos intimidar, estaremos atentas e fortes!”, manifestou Manuela, em publicação que trazia também algumas das fake news que mais comuns sobre ela, difundidas pelos bolsonaristas desde a eleição de 2018, quando ela foi candidata a vice-presidenta junto com Fernando Haddad.
No entanto, a candidata do PCdoB também enfrenta a oposição da Justiça Eleitoral, que suspendeu um “livemício” de Caetano Veloso em favor das campanhas de Manuela e de Guilherme Boulos em São Paulo. O evento estava marcado para o dia 7 de novembro, mas foi impedido por decisão do juiz Leandro Figueira Martins, da 161ª Zona Eleitoral. Os advogados da comunista já anunciaram que vão recorrer da decisão.
Manuela D´Ávila lidera a corrida pela Prefeitura de Porto Alegre com 24%, segundo a mais recente pesquisa do Ibope. Ela tem 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, José Fortunati, que aparece com 14%. O terceiro colocado é Sebastião Melo (MDB), com 11%. O atual prefeito, Nelson Marchezan Jr. (PSDB) tem apenas 9%, e está na quarta colocação.