Alvo do STF, Weintraub se reelege como diretor do Banco Mundial

O ex-ministro saiu do Brasil às pressas em junho utilizando passaporte diplomático

Abraham Weintraub - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-ministro Abraham Weintraub foi reeleito como diretor-executivo do Banco Mundial nesta sexta-feira (30). Colocado no posto pelo presidente Jair Bolsonaro em junho, Weintraub foi reconduzido ao posto como representante de oito países. No Brasil, ele é alvo de dois inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O Banco Mundial confirma que o Sr. Abraham Weintraub foi reeleito pelo grupo constituinte que representa o Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor-Executivo do Conselho do Banco", disse o órgão em nota.

Segundo o Banco Mundial, o novo mandato tem duração de dois anos, com início em 1º de novembro de 2020. O ex-ministro chegou ao posto em uma espécie de "mandato-tampão" em junho, quando fugiu do Brasil em meio a investigações do STF.

Weintraub é investigado por suposto crime de racismo contra chineses e por ter dito, na polêmica reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.

Para conseguir chegar nos Estados Unidos e driblar as restrições de circulação impostas com a pandemia, Weintraub utilizou passaporte diplomático, que lhe dá direito a um visto especial. O benefício era garantido a ele por ser ministro de Estado.

Com informações do Metrópoles