"Desde o início, critiquei a politização do vírus", diz Bolsonaro em cúpula dos Brics

Presidente também falou em "pretenso monopólio do conhecimento" por parte da OMS e pediu reformas na organização

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (17), durante a XII Cúpula do Brics, que sempre criticou a "politização" do coronavírus e aproveitou para atacar a Organização Mundial da Saúde (OMS), pedindo reformas na entidade.

"Desde o início também critiquei a politização do vírus e o pretenso monopólio do conhecimento por parte da OMS que necessita, urgentemente, sim, de reformas", afirmou Bolsonaro. Por conta da pandemia, discurso foi feito de forma virtual.

O presidente disse ainda que os organismos internacionais não foram os responsáveis por combater o vírus, mas sim a coordenação entre os países. Ele também pediu uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC).

"No Brasil, foram as instituições nacionais e os dedicados profissionais da área médica, de enfermagem e farmacêutica que responderam aos desafios e combateram o vírus. Senhores líderes, a crise sanitária impôs também grandes desafios à estabilidade internacional. O Brasil lutará para que prevaleça no mundo pós-pandemia um sistema internacional pautado pela liberdade, pela transparência e pela segurança", disse.

"A reforma da OMC é fundamental para a retomada do crescimento econômico global. É necessário prestigiar propostas de redução dos subsídios para bens agrícolas com a mesma ênfase que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais", completou o presidente.

Em outra investida contra a Organização das Nações Unidas (ONU), Bolsonaro cobrou que o Brics atue de forma coordenada para que Brasil, Índia e África do Sul tenham assentos permanentes no Conselho de Segurança da entidade.

"Não há exemplo mais claro da necessidade de democratizar a governança internacional do que reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse.