Eleito em São Gonçalo, Capitão Nelson celebra vitória com ex-PM indiciado pela morte do irmão de Freixo

O prefeito eleito foi citado na CPI das Milícias em 2008; Fábio Montibelo, vereador suplente, foi indiciado em agosto pelo assassinato de Renato Freixo

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O prefeito eleito de São Gonçalo, Capitão Nelson, circulou com um trio elétrico nas ruas da cidade na noite deste domingo (29) ao lado do ex-policial militar Fábio Montibelo, indiciado pela morte do irmão do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Renato Ribeiro Freixo.

Ex-presidente da escolas de samba Porto da Pedra, Montibelo celebrou a vitória de Nelson em entrevista ao portal Plantão Enfoco: "Apoiei o Capitão Nelson o tempo todo, pois ele é de São Gonçalo e, tenho certeza, que vai ajudar a Porto da Pedra a sair do buraco".

No instagram, ele também celebrou: "Fiz questão de dar um abraço no amigo e agora Prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson ! Parabéns pela vitória! São Gonçalo confia em você!".

Montibelo concorreu ao posto de vereador pelo PL e terminou como quinto suplente do partido, que elegeu 2 titulares. Ele teve 1.197 em 15 de novembro.

Em agosto, Montibelo foi indiciado pela Polícia Civil pela morte de Renato Ribeiro Freixo, irmão do deputado federal Marcelo Freixo. Ele foi apontado como um dos mandantes do ocorrido em 2006, ao lado do PM Marcelo dos Reis Freitas. Alexandre Ramos, também da Polícia Militar, foi apontado como executor.

A investigação da 10ª Delegacia de Acervo Cartorário (Deac) aponta que Freitas e Alexandre atuavam de forma irregular como seguranças no condomínio em que Renato era síndico e teriam assassinado o irmão do deputado como vingança. O inquérito demorou 13 anos para ser concluído.

Além de Montibelo, Capitão Nelson teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro e foi eleito prefeito após derrotar o petista Dimas Gadelha por uma diferença de menos de 6 mil votos. São Gonçalo é a segunda maior cidade do estado do Rio.

O nome do prefeito eleito foi citado no relatório final da CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de 2008, como sendo chefe de um grupo que atuava no bairro Jardim Catarina. Ele nega envolvimento com grupos paramilitares.

A campanha de Gadelha também denunciou a presença de diversos carros de som no segundo turno com informações falsas com o objetivo de minar a candidatura petista, além da disseminação de fake news nas redes.