Deputado do PT da Bahia defende reforma tributária para “desonerar mais pobres e taxar grandes fortunas”

Líder da oposição na Comissão Especial da Câmara, Afonso Florence defende que o texto a ser apresentado nesta semana deve “incluir novos dispositivos, e não se limitar apenas a simplificar o sistema”

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Nesta semana, a Comissão Especial na Câmara que analisa a PEC 45/19 deverá apresentar sua proposta oficial, e o líder da oposição, deputado Afonso Florence (PT-BA), destacou nesta segunda-feira (30), a necessidade de que o texto contenha mecanismos para tributação sobre distribuição de lucros e dividendos, progressividade da tributação das fortunas e das heranças, além da vedação da dedução da remuneração de juros sobre capital próprio.

Em entrevista à Rádio Câmara de Salvador, Florence disse que “enquanto a PEC se limita a uma simplificação do sistema tributário, a oposição propõe incluir outros dispositivos para desonerar os mais pobres e a classe média, e constitucionalizar a progressividade na tributação de renda e patrimônio, com revogação da lei de FHC que isenta a distribuição de lucros e dividendos e a taxação de grandes fortunas”.

“A expectativa da oposição é que esses itens sejam incorporados ao relatório (que será apresentado durante esta semana)”, analisou Florence, que afirmou que a postura do seu setor na votação do texto dependerá de quantas das suas demandas serão acrescentadas. “Vamos analisar com os partidos e tomar a posição”, explicou.

Para finalizar, Florence defendeu que “uma reforma tributária sustentável, justa e solidária garante que os muito ricos paguem impostos, para que a classe média e os trabalhadores ou deixem de pagar, ou paguem muito menos. Essa é uma proposta que vai melhorar a vida do povo, gerar empego e garantir renda”.