Na véspera da prescrição do caso, Serra vira réu por corrupção, caixa 2 e lavagem de dinheiro

Senador é acusado de receber R$ 5 milhões não contabilizados na campanha eleitoral de 2014

Foto: Agência Senado
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O senador José Serra (PSDB-SP) virou réu na Justiça Eleitoral de São Paulo, nesta quarta-feira (4), acusado de receber R$ 5 milhões não contabilizados em sua campanha eleitoral de 2014 ao Senado. Ele responderá por caixa 2, falsidade ideológica eleitoral, corrupção e lavagem de dinheiro.

A abertura do processo ocorreu na véspera do caso prescrever. O juiz Marco Antonio Martin Vargas recebeu a denúncia do Ministério Público Eleitoral de São Paulo horas depois de o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolver o caso para a primeira instância. As informações são do jornal O Globo.

O magistrado apontou "indícios suficientemente seguros, idôneos e aptos a indicar, neste momento processual, a plausibilidade da tese acusatória". O juiz também decretou sigilo no processo até o dia 28 de novembro, para o caso não influenciar na disputa eleitoral deste ano.

Segundo a acusação, o repasse ao tucano foi feito por meio de um esquema montado por José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp, que também se tornou réu nesta quarta. Ambos foram alvos da Operação Paralelo 23, deflagrada pela Polícia Federal em julho. A investigação também mirava os R$ 5 milhões doados para a campanha de Serra.

Na ocasião, cerca de 10 equipes da Polícia Federal, incluindo agentes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI), participaram da operação contra o tucano. Além dos mandados de prisão, busca e apreensão, o MPF pediu o bloqueio dos bens de todos os envolvidos.