Bolsonaro descarta Regina Duarte e coloca ONG para administrar Cinemateca de SP

A nova gestão, que ainda não teve seu nome divulgado, foi contratada em caráter emergencial para os três primeiros meses de 2021

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Ao deixar o cargo de secretária especial da Cultura, em maio, Regina Duarte recebeu a promessa do presidente Jair Bolsonaro de que assumiria um posto na Cinemateca, em São Paulo. A ideia, entretanto, nunca foi oficializada. Agora, a instituição será gerida por uma organização social.

A nova gestão foi contratada em caráter emergencial para os três primeiros meses de 2021. De acordo com o secretário nacional do Audiovisual, Bruno Graça Melo Côrtes, o nome da entidade deve ser anunciado nas próximas semanas.

Em entrevista à Agência Brasil, ele disse apenas que o grupo já atuou na gestão da Cinemateca no passado.

Na nova gestão, cerca de 40 funcionários que trabalhavam para a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), última entidade a administrar a Cinemateca, serão recontratados. Os profissionais são especializados em preservação, documentação, pesquisa e tecnologia da informação.

A Cinemateca completa na próxima semana quatro meses sob gestão do governo federal. A instituição deixou de ser gerida pela Acerp em 7 de agosto.

Durante todo esse período, Cinemateca está sem prestar serviços ao público externo. O governo argumenta que a suspensão dos atendimentos ocorreu por conta da pandemia do coronavírus e pela falta de uma organização social atuando na gestão.