Em última live do ano, Bolsonaro diz que não vai se vacinar e chama jornalistas de "bumbum e ânus"

Presidente ainda insistiu na ideia de que remédio é mais barato que vacina e seguiu com seu incentivo ao uso da cloroquina, substância que não tem eficácia comprovada contra Covid

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Jair Bolsonaro realizou, na noite desta quinta-feira (31), sua última live do ano. Na transmissão, o presidente praticamente fez uma síntese de tudo aquilo que falou ao longo de 2020: minimizou a pandemia do coronavírus, atacou jornalistas e incentivou o uso da cloroquina.

Sobre os jornalistas, Bolsonaro se referiu a Thaís Oyama e Ricardo Noblat como "bumbum e ânus".

"A família bumbum e ânus perderam. Nada que vocês falaram na imprensa aconteceu", afirmou ao dizer que ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, não seria demitido, conforme aventaram os profissionais de imprensa.

Em outro momento, o presidente ainda desincentivou, indiretamente, a vacinação, principal esperança do Brasil e do mundo contra a pandemia do coronavírus. Ele disse que não se vacinará pois já está "imunizado".

Como de praxe, Bolsonaro também seguiu promovendo o uso da cloroquina contra a doença causada pelo coronavírus e disse, ainda, que aqueles que seguiram o conselho do "Doutor Messias" não foram internados. Segundo o presidente, a produção de um medicamento contra a doença seria mais barata que a vacina.

O chefe do Executivo declarou ainda que "lockdown não adianta", encampando discurso contrário ao de especialistas e influenciando mais aglomerações, maior temor dos profissionais de saúde.

Assista.

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