Carlos Bolsonaro chama Santos Cruz, ex-ministro de seu pai, de "general prepotente que não apita porra nenhuma"

O filho do presidente Jair Bolsonaro arruma nova briga com o general em um momento de grande instabilidade do governo

General Santos Cruz e Carlos Bolsonaro (Montagem)
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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) deu mais um de seus chiliques nas redes sociais na tarde desta terça-feira (31). O filho do presidente xingou o ex-ministro Carlos Alberto Santos Cruz, da Secretaria de Governo da Presidência.

Em uma sequência de três tuítes em que critica uma declaração de Santos Cruz contra as milícias virtuais do bolsonarismo, o parlamentar chegou a chamar o ex-ministro de "general prepotente que não apita porra nenhuma", mas logo apagou.

"A maioria da população hoje possui um celular e pode, graças à internet livre, manifestar suas posições, promover atos e ter alternativas à imprensa progressista. Por isso BOLSONARO foi eleito, contra todo o sistema! Esculhambar o público da internet é esculhambar o próprio povo!", tuitou o filho do presidente na primeira mensagem.

"É o mal de quem acha que sabe tudo. Em defesa do povo, xinga o povo. E a população sabe sim que nem todo mundo que está/esteve no governo pensa como ela. Esse é o grande problema! Se pensasse, estariam trabalhando pelo Brasil, não apenas massageando o próprio ego ferido!", disse ainda.

O xingamento foi apagado cerca de 5 minutos após a publicação, mas a Fórum conseguiu registrar a sequência de mensagens, veja:

Governo em crise

O destempero de Carlos Bolsonaro acontece em um momento que o governo do seu pai apresenta enorme instabilidade em razão da forma com que o presidente Jair Bolsonaro tem lidado com o surto do novo coronavírus. O ex-capitão chegou a chorar em uma reunião com interlocutores no Palácio do Planalto.

A crise reflete em um leque de pedidos de impeachment e afastamento do presidente. Na noite de segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurelio Mello, encaminhou à Procuradoria-Geral da República uma notícia-crime apresentada pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) que pede o afastamento por 180 dias para apurar possíveis delitos do ex-capitão. O chefe da PGR, Augusto Aras disse que vai dar uam resposta em três dias.

Além disso, lideranças do campo progressista divulgaram uma carta também na segunda-feira exigindo a renúncia do presidente. “Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia”, diz o documento.