Vaza Jato: À ONU, governo Bolsonaro diz que Glenn Greenwald não cometeu crime

Governo teve que responder cobrança realizada por dois relatores internacionais sobre os ataques ao jornalista

Foto: Reprodução/Vídeo
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O governo brasileiro enviou uma carta à ONU (Organização das Nações Unidas) onde nega que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, tenha cometido crime na série de reportagens que ficou conhecida como Vaza Jato. Segundo o jornalista Jamil Chade, do Uol, no documento representantes do governo Jair Bolsonaro dizem que a Polícia Federal não encontrou crimes na atuação do jornalista. A Vaza Jato trouxe à tona diálogos entre os procuradores e o ex-juiz Sergio Moro, que mostravam ilegalidades, a falta de parcialidade e o conluio entre as partes. Na época, o presidente Jair Bolsonaro chegou a ameaçar o jornalista Gleen Greenwald, dizendo que o jornalista americano "pegaria cana" por seus atos e o chamou de "malandro" por ter adotado filhos brasileiros. De acordo com Jamil Chade, a resposta do governo brasileiro seu deu devido a uma “cobrança realizada por dois relatores internacionais. Na ONU, o especialista sobre direito à liberdade de expressão, David Kaye, havia enviado uma queixa ao governo brasileiro em 4 de fevereiro. Ele alertava para os ataques e pressões contra o jornalista e pedia esclarecimentos”. A carta é do dia 4 de abril, quando Sergio Moro, ainda era ministro da Justiça. O documento é confidencial, mas o jornalista teve acesso. “"A PF considerou não ter havido a participação moral ou material de Glenn Greenwald nos crimes investigados, motivo pelo qual não o indiciou e tampouco adotou qualquer medida persecutória em seu desfavor", disse o governo brasileiro. "Logo, não foi atribuído ao jornalista qualquer tipo de responsabilidade criminal", completou.