Bolsonaristas levantam tag golpista após STF pedir parecer sobre apreensão de celular de Bolsonaro

A tag #HelenoJaTaNaHora foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter

Escrito en Política el
Direto da Redação da Revista Fórum.
Bolsonaristas levantam tag golpista após STF pedir parecer sobre apreensão de celular de Bolsonaro
General Heleno (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil).

As milícias virtuais do presidente Jair Bolsonaro promoveram nesta sexta-feira uma hashtag em que pedem ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, uma intervenção militar.

A campanha #HelenoJaTaNaHora foi parar nos assuntos do momento do Twitter após o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, pedir à PGR que se manifeste sobre apreensão de celular de Jair Bolsonaro no inquérito que investiga o ex-capitão por suposta tentativa de interferência na Polícia Federal.

"O ato de Celso de Mello em pedir apreensão do celular do PRESIDENTE DA REPÚBLICA apenas demonstra que o vídeo devastador da reunião ministerial não tinha nada! Agora eles querem achar algo mais para degolar Bolsonaro", disse o Movimento Avança Brasil, um dos que endossaram a hashtag.

O blogueiro Allan dos Santos, do Terça Livre, também repercutiu a tag. "A hashtag #HelenoJaTaNaHora diz muito o que faz agonizar o povo sofrido…", tuitou.

Na quarta-feira, Heleno, negou a possibilidade de um golpe: “Os militares não vão dar golpe. Isso não passa na cabeça dessa nossa geração, que foi formada por aquela geração que viveu todos aqueles fatos, como estar contra o governo, fazer uma contrarrevolução em 1964”.

Reunião de 22 de abril

Nesta sexta, Celso de Mello ainda vai decidir se vai liberar o vídeo da reunião ministerial do gabinete do presidente Jair Bolsonaro de 22 de abril. Na ocasião, o presidente teria pressionado o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, para conseguir promover mudanças na Polícia Federal.

Segundo informações difundidas pela imprensa, na conversa, o ex-capitão e ministros ofendem governadores, o Supremo Tribunal Federal, países parceiros comerciais e defendem manifestações armadas.

Mello já usou mais de uma vez a os “estatutos do poder” para criticar o “culto ao sigilo” em decisões que foram em favor da divulgação de conteúdos para o público.

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