O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Geraldo Pinheiro Franco, desarquivou uma representação criminal contra o ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro, Ricardo Salles. Diante do surgimento de fatos novos, o presidente do TJ-SP determinou o envio dos autos à Procuradoria-Geral de Justiça, que dará um parecer sobre a continuidade das investigações.
A representação criminal foi apresentada em dezembro de 2015 pela empresa Sppatrim Administração e Participações, que acusou o então secretário do Meio Ambiente do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) de ter atuado fora dos autos para conseguir uma liminar em favor de um escritório de advocacia. Em junho de 2016, a pedido da Procuradoria, o Órgão Especial do TJ-SP determinou o arquivamento dos autos.
No entanto, no último dia 1º de junho, a Sppatrim pediu a reabertura da investigação. Segundo apurou o site Consultor Jurídico, a empresa acusa Salles de ter recebido pelo menos R$ 250 mil em 2014 para conseguir a liminar em favor do escritório, e apresentou no processo documentos que comprovariam a movimentação.
A Sppatrim é autora de uma representação que resultou nas quebras dos sigilos bancário e fiscal de Salles em outro processo em tramitação no TJ-SP, que apura suposto enriquecimento ilícito do hoje ministro enquanto atuou como secretário em São Paulo. A quebra de sigilo permitiu reunir os documentos apresentados.