O advogado do clã Bolsonaro, Frederick Wassef, assim como seu escritório de advocacia, Wassef & Sonnenburg Sociedade de Advogados, está sendo investigado em um procedimento do Ministério Público Federal do Rio. A investigação parte de um relatório do Conselho do Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontou uma movimentação milionária suspeita na conta do advogado.
Em documento enviado ao MPF em 15 de julho, o Coaf descreve que "Wassef & Sonnenburg Sociedade de Advogados e Frederick Wassef são alvos de procedimento de investigação criminal por suspeita de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Maria Cristina Boner Leo e Bruna Boner Leo Silva também são investigadas". A informação é do jornal O Globo.
O relatório cita pagamentos que o escritório de advocacia de Frederick Wassef recebeu no período de 2015 a 2020. No fim de 2018, por exemplo, o advogado recebeu repasses de R$ 2,3 milhões de Bruna Boner Leo Silva, filha de sua ex-esposa e uma das sócias da Globalweb Outsourcing, empresa que tem contratos com o governo federal.
O relatório aponta ainda que o escritório do advogado foi abastecido em R$ 2,1 milhões pela Computsoftware Informática, empresa que vendeu uma Land Rover preta para o presidente Jair Bolsonaro em 2015. A Computsoftware Informática pertenceu a Maria Cristina Boner, ex-esposa de Wassef, até pouco tempo atrás.
Frederick Wassef se tornou figura de maior notoriedade na mídia depois que a polícia encontrou Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, escondido em uma propriedade sua em Atibaia, em junho passado. Neste mês de agosto ele voltou a ser protagonista de uma polêmica, após uma reportagem da revista Crusoé afirmar que ele recebeu R$ 9 milhões da JBS, entre 2015 e 2020. Os repasses da empresa também são alvo de investigação do MPF.