O presidente Jair Bolsonaro decidiu recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro da corte Celso de Mello de proibir que ele dê depoimento por escrito no inquérito que apura suposta interferência do capitão reformado na Polícia Federal. A informação é do jornalista Igor Gadelha, da CNN.
Mello determinou nesta sexta-feira (11) que o titular do Planalto preste depoimento presencial na investigação. O alega que, por ser réu no caso, Bolsonaro não tem o privilégio de ser interrogado por escrito. O processo apura denúncias do ex-ministro da Justiça Sergio Moro sobre interferência do presidente na Polícia Federal.
Se a ordem de Mello não for cassada, o depoimento deve ocorrer nos próximos 30 dias – período em que foi prorrogado o inquérito, aberto em maio.
O repórter apurou com auxiliares muito próximos a Bolsonaro que a decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (11), no Palácio da Alvorada. O martelo foi batido em encontro que reuniu o presidente e o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior. A AGU deverá usar um agravo regimental para tentar evitar o depoimento presencial do titular do Planalto.
O recurso deve ser impetrado já na próxima semana.