Bancada evangélica pode manter perdão de dívidas e aprovar isenção fiscal para igrejas

Além de derrubada do veto de Bolsonaro, líderes na Câmara temem aprovação de uma PEC que libera igrejas de pagar impostos

Bolsonaro com lideranças evangélicas (Reprodução/Twitter)Créditos: Reprodução/Youtube
Escrito en POLÍTICA el

A proposta do presidente Jair Bolsonaro de apresentar uma PEC (proposta de emenda constitucional) que garante isenção de impostos para igrejas assustou líderes na Câmara dos Deputados que são contra a medida.

A Câmara já aprovou um projeto de lei que perdoa quase dívidas tributárias das igrejas com a União que somam cerca de R$ 1 bilhão. Com medo de um impeachment e acusações de irresponsabilidade fiscal, Bolsonaro vetou a medida, mas está incentivando parlamentares a derrubar o veto.

A PEC seria uma alternativa. Os parlamentares manteriam o veto, impedindo o perdão das dívidas, mas abririam caminho para a isenção tributária total a partir deste ano, o que também é do interesse das igrejas. No entanto, as lideranças que são contra a isenção temem que as duas medidas sejam aprovadas.

Em vez de trocar uma pela outra, com a bancada evangélica, a base do governo pode derrubar o veto, mantendo o perdão bilionário de dívidas, e aprovar a PEC da isenção de impostos para as igrejas.

“Não há perdão de dívidas. Tentamos diminuir o estrago provocado pelas gestões petistas, que instrumentalizaram a Receita Federal com fins políticos”, afirmou o deputado e pastor Marco Feliciano.

Com informações da coluna da Mônica Bergamo