O presidente Jair Bolsonaro teria indicado a assessores e a deputado da bancada evangélica, nesta quarta-feira (9), que vai derrubar o polêmico perdão bilionário de dívidas com a Receita Federal concedido a igrejas por parte do Congresso Nacional.
Segundo informações de Daniel Carvalho e Gustavo Uribe, da Folha de S. Paulo, o presidente estaria irritado com a repercussão negativa do caso - com cobranças feitas pelos próprios apoiadores - e estaria buscando não ter novos conflitos com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A equipe econômica e a la jurídica defendem o veto.
Em conversa com deputados da bancada evangélica, o ex-capitão teria anunciado sua decisão, apontando que não haveria margem fiscal para o benefício e que o Tribunal de Contas da União (TCU) poderia intervir futuramente. A alegação não foi bem recebida e um dos deputados presentes teria ameaçado romper relações com o Planalto.
Bolsonaro tem até sexta-feira (11) para vetar ou sancionar o texto.
A Emenda de nº 1 ao projeto 1581/2020 foi apresentada pelo deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do missionário RR Sores, e aprovada por 345 votos a favor, 125 contra e 2 abstenções. Segundo levantamento do Estado de S. Paulo, a medida teria garantido um perdão de dívida que gira em torno de R$ 1 bilhão.
O tema tem causado polêmica até mesmo entre partidos do campo da oposição.