Em vídeo pró-impeachment, Gleisi afirma que Bolsonaro não defende a família: "Deixou as pessoas morrerem"
"Bolsonaro sabia que ia faltar oxigênio em Manaus", afirma a presidenta nacional do PT; o partido entrou com novo pedido de impedimento nesta semana junto a outros partidos de oposição; veja vídeo
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), usou as redes sociais nesta sexta-feira (22) para divulgar um vídeo explicando as razões pelas quais o partido defende o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. A parlamentar coloca em questão o discurso do mandatário.
"Bolsonaro se elegeu dizendo que ia defender a família, os valores cristãos e a Pátria. Ele não fez isso e não está fazendo isso durante seu governo, principalmente nessa crise da Covid-19", afirmou a deputada.
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"O símbolo disso, a situação mais dramática, é o que aconteceu em Manaus. Ele sabia que ia faltar oxigênio. O seu general, o ministro da Saúde, esteve lá dias antes e não tomou nenhuma providência. Manaus foi socorrida pela solidaridade de muitas pessoas e países como a Venezuela. Aí Bolsonaro não defendeu a família, deixando as pessoas morrerem, e, muito menos, os princípios cristãos", explicou Hoffmann.
A parlamentar destaca o artigo 196 da Constituição, que aponta que é dever do Estado implementar políticas que "visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
"Bolsonaro atenda contra a Saúde Pública por seus atos, suas ações e suas omissões", destaca. Essa questão embasa o pedido de impeachment apresentado por partidos de oposição (Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT).
Nesta sexta, o Datafolha divulgou pesquisa que mostra que a rejeição a Bolsonaro disparou. Tais números surgem no mesmo momento em que a pauta do impeachment do presidente ganha nova força, principalmente por conta do novo colapso do sistema de saúde de Manaus, que registrou mortes de pacientes por falta de oxigênio.
Enquanto a população reconhece a responsabilidade de Bolsonaro no atraso das vacinas, a oposição se articula, mobilizações são convocadas e as buscas sobre impeachment disparam no Google.
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