PSOL vai a PGR e TCU contra suspeita de compras de votos para presidência da Câmara e do Senado

Governo federal teria destinado R$ 3 bilhões a deputados e senadores aplicarem em obras em suas bases, de olho na escolha dos chefes das duas casas, segundo reportagem

Luiz Eduardo Ramos e Bolsonaro - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados deu entrada nesta quinta-feira (28) a uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Procuradoria Geral da República (PGR) contra a liberação, por parte do governo federal, de R$ 3 bilhões em obras a 285 parlamentares, em meio à eleição das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e Senado.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quinta dá conta de que o governo Bolsonaro destinou R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais. Isso de olho em votos para seus candidatos nas disputas.

A oferta de recursos teria sido feita, de acordo com o jornal, no gabinete do ministro Luiz Eduardo Ramos. A Secretaria de Governo, que o general comanda, virou o QG das candidaturas dos governistas Arthur Lira (Progressistas-AL), que disputa o comando da Câmara, e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), do Senado.

A bancada do PSOL aponta que o esquema pode ser enquadrado como prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de Influência, além de improbidade administrativa.

“Jair Bolsonaro busca eleger seu aliado Arthur Lira como presidente da Câmara para impor uma agenda de ainda mais retrocessos para o Brasil. Para alcançar esse objetivo e facilitar a própria reeleição, está se valendo das práticas mais espúrias”, alerta Sâmia Bomfim, líder da bancada do PSOL na Câmara.

O PSOL diz, na nota que fala da representação, que além de verbas, o governo também tem oferecido cargos a quem aceite votar nos dois nomes apoiados por ele, segundo relatos de parlamentares.

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