Pré-candidato à presidência, o apresentador José Luiz Datena afirmou que está confiante que será o próximo presidente do Brasil e avaliou os possíveis concorrentes em entrevista à Veja. Ao ser questionado se "tiraria Lula ou Jair Bolsonaro do segundo turno", ele respondeu que "com certeza o atual presidente", já que é ele quem está perdendo votos, segundo as pesquisas. "Mais fácil tirar ele do que Lula."
No entanto, ao ser perguntado em quem votaria caso os dois passassem, foi categórico: "Não votaria em nenhum deles. Tenho certeza de que vai dar tudo certo e eu serei o próximo presidente da República."
Sobre o ex-juiz Sergio Moro, o empresário disse que, apesar de acreditar ser uma "pessoa honesta", não acha que seria um bom candidato ou um bom presidente. Ele admitiu, ainda, que Moro julgou mal Lula no lawfare promovido pela Lava Jato que resultou nas condenações do ex-presidente.
"Parece que ele julgou mal Lula, trocou informações que não deveria ter trocado com os procuradores. Isso não é uma coisa correta. Acho que ali ele pisou na bola, ainda mais assumindo depois disso o ministério de Bolsonaro. Isso não significa que ele seja desonesto. Às vezes o cara dá um escorregão na vida", afirmou Datena.
Lançado candidato ao Planalto pelo PSL, o seu sexto partido, antes do anúncio da fusão com o DEM (que vai criar o União Brasil), ele declarou ainda que aceitaria o desafio de disputar prévias com outros presidenciáveis, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
"Agora, se eu perder, não quero ficar e ser candidato nem a governador nem ao Senado, porque tenho convites para outros partidos", ressaltou, citando Gilberto Kassab e Ciro Gomes (PDT). "[Ciro] me ofereceu a possibilidade de ser candidato a vice dele ou a a governador. Então, dessa fusão, eu só saio candidato a presidente", disse o empresário.
Datena voltou a criticar o governo Bolsonaro, em especial a economia, e o ministro Paulo Guedes. Segundo ele, os principais problemas do Brasil atualmente são "a fome, o povo desassistido e a divisão de renda injusta". "Nosso ministro da Economia, Paulo Guedes, que faz uma péssima gestão, só governou contra o povo. Quando precisava de auxílio emergencial justo, ele propôs 200 reais."
Sobre Bolsonaro, disse que, embora não esperasse muito do governo dele, teve "todas as decepções, como todo cidadão que votou nele". Além disso, afirmou que não teria mais a capacidade de responder, com convicção, se o atual presidente "não é ladrão". " Talvez ele mesmo não tenha roubado nada, duvido que tenha roubado, mas não sei se permitiu que roubassem ou se gente roubou em nome dele sem ele saber, ou com ele sabendo. Que os órgãos competentes apurem."