Randolfe: Bolsonaro pode pegar até 78 anos de prisão; entenda a soma das penas

"Essa tragédia não será esquecida", disse o vice-presidente da CPI após a leitura do relatório final; ao todo, 9 crimes são imputados a Bolsonaro

Jair Bolsonaro pode pegar até 78 anos de prisão (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Após a leitura do relatório final da CPI do Genocídio feita pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), nesta quarta-feira (20), o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que, somando as penas dos 9 crimes que foram imputados a Jair Bolsonaro, o presidente pode pegar, se julgado e condenado, até 78 anos de prisão.

"Esta tragédia não será por nós esquecida, e este grupo (G7) irá trabalhar de todas as formas para que os indiciados nesse relatório final, entre eles o presidente da República, que esta com imputação de 78 anos de prisão pelo menos, possam responder nos tribunais penais do Brasil e inclusive no Tribunal Penal Internacional", disse Randolfe em entrevista coletiva.

Os crimes imputados a Bolsonaro no relatório são: crime de epidemia com resultado de morte (até 30 anos de prisão); infração de medidas sanitárias preventivas (até 1 ano de prisão); charlatanismo (até 1 ano de prisão); incitação ao crime (até 6 meses de prisão); falsificação de documento (até 5 anos de prisão); emprego irregular de verba pública (até 3 meses de prisão); prevaricação (até 1 ano de prisão); e crimes contra a humanidade (até 40 anos de prisão).

Somando as penas de todas as imputações, caso Bolsonaro seja julgado e condenado, a pena total chega a 78 anos e 9 meses de prisão. Se o presidente for condenado à pena mínima de cada crime, o tempo de prisão é de 21 anos e 11 meses.

Os próximos passos da CPI, caso o relatório lido por Renan Calheiros seja aprovado na votação prevista para a próxima terça-feira (23), serão encaminhar o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve decidir sobre a abertura ou não de inquérito contra os que foram imputados crimes, à Câmara dos Deputados, para análise de cometimento de eventuais crimes de responsabilidade, e ao Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, por conta dos crimes contra a humanidade imputados a Bolsonaro.

Ao todo, o relatório da CPI sugere 68 indiciamentos, entre pessoas e empresas, por suposto cometimento de inúmeros crimes. Parlamentares, filhos de Bolsonaro, blogueiros bolsonaristas, ministros e ex-ministros estão entre os listados para serem indiciados.

Confira aqui o relatório final da CPI na íntegra