Eleições 2022: Freixo encontra Haddad e Márcio França para construir alianças pró-Lula em SP e RJ

França (PSB) e Haddad (PT) são pré-candidatos ao governo de SP, enquanto Freixo (PSB) é pré-candidato ao governo do RJ

Freixo costura alianças entre PSB e PT que envolvem Lula, Haddad e Márcio França (Reprodução)
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Com o objetivo de debater o cenário eleitoral em 2022, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) esteve em São Paulo, na noite deste domingo (24), e jantou com o ex-prefeito da capital paulista Fernando Haddad (PT).

Já na manhã desta segunda-feira (25), o parlamentar, ainda em São Paulo, tomou café da manhã com o ex-governador Márcio França (PSB).

Os encontros estão relacionados às tentativas de aliança entre o PT e o PSB, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Freixo é pré-candidato ao governo do RJ e, a princípio, conta com o apoio do PT e do ex-presidente Lula. Já França e Haddad são pré-candidatos ao governo paulista.

À Fórum, a assessoria de imprensa de Freixo não deu detalhes sobre os encontros, mas informou que o deputado "está ajudando a construir alianças em apoio a Lula nos estados". Isso significa que há a possibilidade do PT e PSB se aliarem para a eleição não só no RJ, mas também em SP, onde, por enquanto, os partidos trabalham com candidaturas distintas. Desta maneira, Lula, que é pré-candidato à presidência, teria palanque duplo em ambos os estados.

Palanque múltiplo para Lula?

Washington Quaquá, ex-prefeito de Maricá (RJ) e membro da direção nacional do PT, reafirmou no dia 14 de outubro, através de postagem nas redes sociais, seu apoio a um palanque múltiplo para Lula no Rio de Janeiro no âmbito de uma candidatura do ex-presidente ao Palácio do Planalto nas próximas eleições.

O PT vem costurando aliança com o PSB para apoiar a candidatura de Marcelo Freixo ao governo do estado. O governador Claudio Castro (PL), no entanto, que é tido como o candidato de Jair Bolsonaro no RJ, vem tentando formar um arco de alianças que incluiria o petista André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa do estado (Alerj), como candidato ao Senado em sua chapa.

Diferente do presidente do diretório estadual do PT no Rio de Janeiro, João Maurício, Quaquá não se opõe a ideia de que seu partido suba ao palanque ao lado de Castro em prol da candidatura de Lula no âmbito nacional.

“Política não é pra amador! Prioridade no Rio é LULA! Precisamos isolar Bolsonaro e atrair o máximo de forças do centro pra esquerda para apoiar Lula! Minha posição é que o PT não tenha candidato a governador. Nosso candidato majoritário seja André Ceciliano pro Senado (Lula precisa de maioria no Senado!) e transitemos e organizemos palanque com Felipe Santa Cruz, Claudio Castro, Rodrigo Neves, Freixo e mais quem abrir pro Lula! Quero lutar pra que Lula tenha de 60 a 70% dos votos do Rio de Janeiro e não se restrinja aos 30% tradicionais da esquerda”, escreveu o ex-prefeito de Maricá.

Nota de João Maurício

Antes da postagem de Quaquá sobre palanque múltiplo do PT no RJ, João Maurício, presidente estadual da legenda, rechaçou a ideia da sigla apoiar Claudio Castro.

“Sigo com a convicção de que para o fortalecimento da candidatura do Presidente Lula, é fundamental o fortalecimento do campo progressista no Estado do Rio de Janeiro. A resolução do PT-RJ, acertadamente nos orienta, somos oposição ao governo Cláudio Castro e temos um arco prioritário para formar essa aliança, que consiga encontrar uma solução para a dura realidade vivida pela população fluminense”, afirmou.