Gleisi repudia atitude de grupo que tentou agredir Ciro: "Lamentável"

Ex-ministro levou vaias no ato contra Bolsonaro em SP e, quando deixava o local, alguns manifestantes tentaram partir para cima de seu veículo

Gleisi Hoffmann e Ciro Gomes (Reprodução)
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A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), repudiou, em entrevista ao jornalista Chico Alves, do UOL, a atitude de um pequeno grupo que tentou agredir o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) no ato contra Bolsonaro em São Paulo, neste sábado (2). A parlamentar esteve presente na manifestação.

Durante seu discurso na avenida Paulista, Ciro foi alvo de vaias de boa parte dos manifestantes, descontentes com os ataques que ele recorrentemente faz ao ex-presidente Lula e ao PT. Já quando o ex-ministro deixava o local, um grupo de pessoas tentou avançar contra seu carro, gerando um princípio de briga com militantes do PDT.

"Esse tipo de incidente é lamentável", afirmou Gleisi. "Apesar das divergências, a gente está seguindo por um movimento. É óbvio que tem essas questões colaterais. Mas eu acho que temos que mostrar o seguinte: tem uma unidade no comando das forças políticas, das forças sociais e do movimento sindical para que a gente tenha um foco. Nosso inimigo é Bolsonaro", completou a presidenta do PT.

Ainda no sábado (2), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), que também estava no ato, usou as mesmas palavras que Gleisi e classificou a tentativa de agressão a Ciro como "lamentável". Segundo o petista, o grande número de pessoas na manifestação faz com que, às vez, "um ou outro saia do roteiro". "Mas vamos chegar no nosso objetivo [impeachment de Bolsonaro]. Não dá pra recuar, temos que avançar", declarou.

Na parte da noite, Ciro divulgou um vídeo em que comentou o ocorrido e pregou "unidade". “Neste sábado, fiz o que costumo fazer desde a minha juventude: fui às ruas em defesa da democracia. Estou muito feliz com isso. Fui com o peito aberto e a coragem que Deus sempre me deu. E sabendo, de antemão, que poderia enfrentar a fúria e a deselegância de alguns radicais”, afirmou.

“Os radicais, sejam da esquerda, sejam da direita, nunca me intimidaram e nunca me intimidarão. Nunca me impedirão de ir à luta em favor da democracia, porque as ruas não têm dono e a democracia não têm senhores (...) Fui, antes de tudo, para dar um testemunho de fé, de humildade e de coragem. Mas fui, sobretudo, para dizer que uma das maiores lições da política é a que diz que é preciso se unir acima de qualquer diferença quando se enfrenta um inimigo coletivo, quando se enfrenta um inimigo mortal, um inimigo da vida, um inimigo do povo", completou o pedetista.