O ministro do Trabalho e Previdência de Jair Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni, foi exonerado do cargo na tarde desta quinta-feira (11), a pedido dele, conforme edição extra do Diário Oficial da União. O objetivo, segundo sua assessoria é que ele volte à Câmara para “cuidar das emendas de deputado federal”.
A "licença" de Onyx, deputado federal licenciado pelo DEM do Rio Grande do Sul, demorará apenas dez dias.
Os repasses de emendas do famigerado “orçamento secreto” são utilizados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para “comprar” apoio de deputados nas pautas do governo Bolsonaro que tramitam no Congresso.
Parlamentares estão analisando, nesta quinta, em sessão do Congresso Nacional, alguns Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLNs). Entre eles, dois que envolvem o Auxílio Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família.
Governo Bolsonaro reservou R$ 3,3 bilhões em emendas às vésperas da votação da PEC
No período entre 1 de outubro e 8 de novembro o governo de Jair Bolsonaro empenhou, ou seja, deixou reservado para pagar a parlamentares, R$ 3,3 bilhões em emendas de relator. A fortuna foi liberada justamente no período em que tramitou na Câmara a PEC dos Precatórios, o calote institucional que abriu espaço fiscal de mais de R$ 90 bilhões para que o presidente de extrema direita coloque em marcha o seu projeto eleitoreiro Auxílio Brasil, que pretende dar R$ 400 mensais para 17 milhões de família até o final de 2022, ano em que ocorrerá a disputa ao Palácio do Planalto, sem que isso estoure o teto de gastos do orçamento.
Do total reservado, R$ 3 bilhões foram usados até 4 de novembro, data da aprovação da PEC em 1° turno, e os outros R$ 300 milhões em emendas de relator foram liberados na última semana, quando a matéria foi aprovada definitivamente.