Fórmula 1: Chofer de Bolsonaro, Nelson Piquet não vai ao GP Brasil em SP

Tricampeão mundial da categoria perderá a corrida do seu genro, Max Verstappen. Bolsonarista, ele não quer ter sua imagem associada ao governador João Doria

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O ex-piloto Nelson Piquet - que foi chofer do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) nas comemorações do 7 de Setembro, recusou os convites da organização da Fórmula 1 e não virá ao GP de São Paulo neste final de semana.

O tricampeão mundial da categoria perderá a corrida do seu genro, Max Verstappen, que namora Kelly Piquet.

De acordo com informações do colunista do UOL Fábio Seixas, o motivo é a rixa entre Bolsonaro, de quem Piquet é fã, e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Os dois já trocaram várias farpas publicamente sobre a realização da competição.

Segundo Seixas, Piquet conversou com os promotores do GP sobre sua presença na prova e até os últimos dias estava considerando vir a Interlagos. Mas mudou de ideia, com receio de que sua imagem, de alguma forma, fosse ligada a Doria.

F1 é motivo de rixa entre Bolsonaro e Doria

Nesta quarta-feira (10), Doria alfinetou Bolsonaro, que tinha a intenção de tirar o evento da cidade rumo ao Rio de Janeiro. "É um autódromo histórico, com desenho elogiado por todos, e a disposição do governo, junto com a prefeitura, é estimular que promotores privados, como a Fórmula 1, utilizem o autódromo com 'expertise'", afirmou.

"Eu disse que não perderíamos a Fórmula 1. Bruno Covas [ex-prefeito de São Paulo] era vivo. Contrariei o presidente da República. A Fórmula 1 está em São Paulo e vai estar por mais dez anos", disse Doria.

Piquet tem se aproximado cada vez mais de Bolsonaro e chegou a falar ao vivo na Band que estava feliz porque a Fórmula 1 “largou essa Globo lixo”. Ele disse também que “hoje em dia ninguém mais quer fazer publicidade na Globo e eles vão entrar pelo cano. Nunca pagaram imposto e as matérias são totalmente mentirosas”.