Moro coloca bolsonarista arrependida acusada de corrupção na coordenação da sua campanha

Ficha corrida de ilícitos dos quais Dayane Pimentel foi acusada é longa; ela é tratada por Eduardo Bolsonaro como "traidora nível hard”; veja aqui

Dayane Pimentel e Sérgio Moro. Foto: Redes Sociais
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O ex-juiz Sérgio Moro colocou como coordenadora de sua pré-campanha à Presidência a deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA), acusada em 2019 pelo vereador David Salomão, do PRTB de Vitória da Conquista (BA), entre outras coisas, de ter desviado R$ 483 mil da verba partidária para sua campanha, ficando ela com a maior parte do dinheiro.

A própria deputada deu a notícia da coordenadoria da campanha em sua conta do Twitter. Veja abaixo:

"Missão aceita! Sigo na coordenação do projeto que vai resgatar nossa nação. Juntos pelo que acreditamos, pelo nosso país, por ideais, por pautas contra à corrupção. Seguiremos juntos neste projeto. Obrigada pela confiança e pelo reconhecimento, futuro Presidente."

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Várias acusações

Dayane, que na época era presidente do PSL baiano, também foi acusada de ter lançado uma candidata laranja para atingir a cota feminina de 30% determinada pela legislação eleitoral.

A ficha corrida de ilícitos dos quais Dayane Pimentel foi acusada é longa. Ela também foi investigada ao lado do marido, Alberto Pimentel, em 2019, de ter feito postagens em suas redes sociais em que aparecem com escopetas e pistolas.

A determinação foi dada após a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) receber um ofício encaminhado por vereadores de Salvador, que alegam que o secretário e a mulher incitaram uso de armas de fogo.

'Ensaio fotográfico'

Na época, a deputada e o marido declararam por meio de nota, que, a respeito das fotos publicadas nas redes sociais, "tratou-se exclusivamente de um ensaio fotográfico que serviu de base para enfatizar seu posicionamento em defesa ao porte e/ou à posse de armas para a legítima defesa de cidadãos de bem".

'Traidora nível hard'

Eleita em 2018 na onda bolsonarista, a deputada rompeu com o presidente em 2019, um ano após sua eleição, por não aceitar a articulação para indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro para assumir a liderança do PSL na Câmara.

Em setembro deste ano, ao participar de uma manifestação contra o governo de Bolsonaro, ela foi chamada por Eduardo Bolsonaro de "traidora nível hard”. Na imagem, postada por ele, a parlamentar aparece ao lado do chefe do Executivo, de mãos dadas com ele. No seu rosto Dudão colocou um alvo. Veja abaixo: