Passaporte da vacina: governo federal deve publicar nova portaria nesta segunda

O ministro do STF, Luís Barroso, determinou neste sábado a obrigatoriedade do documento aos viajantes estrangeiros

Saguão do aeroporto de Frankfurt (Foto Divulgação)
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O governo Bolsonaro deve publicar nesta segunda-feira (13) uma nova portaria para que os viajantes estrangeiros apresentem o passaporte da vacina. A medida também vale para viagens terrestres.

Após o ataque que o ConcteSUS sofreu, o presidente Bolsonaro aproveitou a oportunidade para derrubar a obrigatoriedade do passaporte vacinal.

Porém, neste sábado (11) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Barroso determinou a obrigatoriedade da apresentação do documento.

Dessa maneira, a nova portaria a ser publicada pelo governo federal deve seguir aquilo que foi estipulado pelo ministro Barroso.

Nesse momento, o governo Bolsonaro aguarda por manifestações dos órgãos envolvidos e a expectativa é que a nova portaria seja publicada nesta segunda em uma edição extra do Diário Oficial.

Passaporte da Vacina: Barroso torna documento obrigatório

O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou a obrigatoriedade do passaporte da vacina para todos os viajantes que vierem do exterior ao Brasil.

A medida de Barroso possui algumas exceções: serão dispensados de apresentar o passaporte vacinal por conta de razões médicas e que, comprovadamente, venham de países que não tenham vacina ou por razão de questão humanitária.

Em sua decisão, Barroso declarou que há urgência para o tema por causa do aumento de viagens neste período do ano.

O ministro também alertou que o Brasil corre o risco de se tornar um destino turístico antivacina.

Por fim, Barroso afirmou que vai encaminhar a sua decisão ao plenário da Corte para uma sessão virtual.

“O ingresso diário de milhares de viajantes no país, a aproximação das festas de fim de ano, de eventos pré-carnaval e do próprio carnaval, aptos a atrair grande quantitativo de turistas, e a ameaça de se promover um turismo antivacina, dada a imprecisão das normas que exigem sua comprovação, configuram inequívoco risco iminente, que autoriza o deferimento da cautelar”, escreve Barroso na decisão.

Barroso também destacou as milhares de vidas que já foram perdidas para a Covid-19. “São mais de 600 mil vidas perdidas e ainda persistem atitudes negacionistas”, criticou o ministro.

Por fim, Barroso afirmou que a portaria editada pelo Ministério da Saúde “apresenta ambiguidades e imprecisões que podem dar ensejo a interpretações divergentes, em detrimento dos direitos constitucionais à vida e à saúde em questão”.

Com informações da Folha de S. Paulo