Assessor da presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, o juiz Gabriel Pires de Campos Sormani é um dos magistrados designado por Luiz Fux para atuar como assessor de André Mendonça, ministro "terrivelmente evangélico" nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF) por indicação de Jair Bolsonaro (PL).
Sormani foi um dos magistrados que em julho de 2019 assinou uma moção de apoio ao então ministro da Justiça de Bolsonaro, que enfrentava uma avalanche de denúncias em meio às conversas captadas pelo hacker Walter Delgatti Neto divulgadas pelo site The Intercept.
"Juízes participantes do ‘PALAVRA DE JUIZ’, abaixo assinados, bem como outros colegas juízes de direito dos mais diversos ramos da Justiça brasileira, vêm manifestar seu irrestrito apoio ao ex-colega Sergio Moro e à ‘Lava-Jato’", dizia o documento que tem Sormani como um dos principais signatários.
O texto dizia que Moro "ecentemente virou alvo de virulento ataque pelos detentores do poder do dinheiro desviado da nação e por criminosos através de invasões ilegais de seu sigilo telemático e, talvez, até falsificações de dados, bem como por divulgação de tudo isso, com fim indisfarçável". "Daí essa moção de apoio irrestrito", emenda.
Além de Sormani, o juiz federal substituto Fernando Braz Ximenes, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, também atuará no gabinete de Mendonça.