A ceia de Natal costuma ser aquele momento em que diferentes tipos se reúnem à mesa para compartilhar ideias, comidas e piadas que, geralmente, ninguém acha engraçado.
Mas também é o momento em que alguns assuntos espinhosos devem entrar no cardápio, o resultado é difícil de prever, mas geralmente o clima azeda e alguém sempre apela para o menino Jesus para acalmar os ânimos.
O fato é que 2021 foi o ano da vacina, mais um com Bolsonaro presidente e da pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT) que pode ter o ex-tucano Geraldo Alckmin como seu vice. Estes três assuntos com certeza devem ser abordados em algum momento.
Outra pauta que com certeza se fará presente é a pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
Diante do fato de que em quase todas as famílias há o personagem que será o responsável por introduzir esses temas, abaixo elencamos as pautas que devem dominar o Natal e também algumas dicas de como abordá-las.
Mais um ano de governo Bolsonaro
Basicamente, metade da população brasileira não aguenta mais o governo do presidente Bolsonaro, isso segundo as mais recentes pesquisas de medição de popularidade do mandatário.
Porém, como sempre pode surgir alguém para defender o presidente, você pode abordar algumas “ações” do governo federal, tais como o desmonte da Ciência no Brasil, como sistematicamente ele tripudia sobre as vítimas da Covid-19.
Pode lembrar que a vida ficou mais cara com Bolsonaro e, que no geral, todos empobreceram no último ano. Bem, mas teve aquele 3% que ficou ainda mais rico, esse é um tópico para o primo que vai criticar a taxação de fortuna como se fosse um milionário.
2021 foi o ano da vacina
Apesar de o Brasil ter um presidente que atua contra a imunização e a favor do coronavírus, 2021 foi o ano da vacinação.
Todavia, há pessoas que insistem em questionar a eficácia das vacinas que estão sendo aplicadas nas pessoas, mas é fato que os números de mortes caíram mais de 90% e que poucas pessoas estão desenvolvendo a Covid grave.
Mas alguém pode questionar e apontar que países na Europa estão novamente realizando lockdown para conter a variante Ômicron, daí você lembra da importância de continuar a usar a máscara.
A vacinação das crianças
Essa pauta vai render, mas, infelizmente completamente infectada por fake news.
Obviamente, o presidente Bolsonaro não gostou e ameaçou expor os nomes dos técnicos da Anvisa que aprovaram, que foram ameaçados de morte.
A segurança da vacina é usada como argumento por aqueles que são contra a vacinação de crianças. Porém, a vacina utilizada em crianças é mais fraca, ou seja, readequada para o uso infantil.
O CDC (EUA) e o NHS (Reino Unido) já emitiram protocolos de autorização da vacina de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid e também atestaram que é seguro vacinar tal faixa etária.
A candidatura de Sergio Moro
Lançada em novembro, a candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) tem o potencial alto de alterar os ânimos, principalmente se no mesmo ambiente estiverem presentes bolsonaristas e ex-bolsonaristas.
Em seu discurso de filiação ao Podemos, Moro, que foi considerado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mostrou que é tão extremista quanto Bolsonaro ao apresentar suas prmeiras propostas que, no geral, visam estabelecer um Estado policial e punitivista.
Por hora, o pré-candidato do Podemos tem se estabelecido na terceira posição, segundo as pesquisas mais recentes de intenção de votos à presidência da República.
Alckmin vice de Lula
Além da consolidação de Lula nas pesquisas de intenção de votos – algumas indicam até mesmo vitória no 1º turno -, a possibilidade de o ex-tucano Geraldo Alckmin ser o vice na chapa petista é o assunto do momento e deve marcar presenças nas conversas natalinas.
Lula e Alckmin tiveram o seu primeiro encontro público durante o jantar/evento organizado pelo grupo Prerrogativas.
Em entrevista à Fórum, o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmo que a chapa Lula/Alckmin tem potencial de unir o Brasil.
E mais recentemente, o ex-senador Aloisio Mercadante afirmou que Alckmin vice de Lula “resgata o PSDB histórico”.
Pronto, agora você está com dados, científicos e sociológicos, para desmontar as teses do seu "tio negacionista", vulgo "tio do Pavê".