“Às vezes é melhor perder a vida do que a liberdade”, diz Queiroga

Médico de profissão e bolsonarista convicto por opção, ministro da Saúde faz pronunciamento inacreditável e alinhado à lógica extremista do presidente da República. Ele anunciou que não exigirá vacina dos estrangeiros que virem ao país

Foto: Ministro da Saúde Marcelo Queiroga (Agência Brasil)
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Uma frase inacreditável saiu da boca do ministro da Saúde do governo Bolsonaro na tarde desta terça-feira (7). O homem responsável por zelar pelo bem-estar e a saúde de 212 milhões de brasileiros, o médico Marcelo Queiroga, disse num pronunciamento que “às vezes é melhor perder a vida do que a liberdade”, o já batido adágio cínico dos radicais bolsonaristas, que nestes quase três anos de governo já provaram ao Brasil que não defendem liberdade alguma e tampouco a vida.

Para uma plateia de jornalistas incrédulos, o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia deu a declaração durante o anúncio das medidas que serão tomadas pelo governo em relação à entrada de estrangeiros no país por conta da proliferação da variante Ômicron do Sars-Cov-2, o coronavírus que provoca a Covid-19.

Queiroga informou ainda que aqueles cidadãos não brasileiros que entrarem em território nacional terão apenas que cumprir uma quarentena de cinco dias. Se fizerem um teste de PCR e o resultado for negativo, já estarão liberados para seguirem viagem. O convertido médico bolsonarista fez questão de salientar que não cobrará passaporte imunitário dos viajantes, ao contrário do que faz a imensa maioria das nações mundo afora.

Foi nesse contexto que o ministro da Saúde disse a absurda frase que relativiza a vida, ignorando que a Constituição Federal da República Federativa do Brasil assegura em seu artigo 5° “a inviolabilidade do direito à vida” a todos os cidadãos nacionais e estrangeiros que vivam no país.

Veja o vídeo:

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