Investigação da PF contradiz teoria de Bolsonaro sobre culpa do PCC na alta do preço da gasolina

Inquérito sugere, na verdade, que postos operados pela facção praticam concorrência desleal e apresentam preços mais baixos

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A investigação da Polícia Federal sobre a atuação do PCC em postos de gasolina traçou um cenário oposto ao que havia sido alegado pelo presidente Jair Bolsonaro. No sábado (20), o mandatário culpou a facção pela alta no preço do combustível.

Sem explicar a origem da informação, Bolsonaro sugeriu que, sem a presença do PCC no setor, a gasolina poderia ser “no mínimo 15% mais barata”.

Contudo, a operação da PF Reis do Crime, voltada para rede de postos Boxter, de São Paulo, sugere uma possível prática de concorrência desleal, com preços mais baixos.

Para os policiais, como os postos serviam à lavagem de dinheiro do narcotráfico, eles tinham capacidade para manter “um preço economicamente mais viável, ou seja, mais barato, causando desta forma concorrência desleal”.

A investigação prendeu 13 pessoas envolvidas no esquema em setembro de 2020. Ao pedir a prisão, o delegado diz que 40 dos 120 postos da rede Boxter seriam da família Cepeda, investigada por ligação com o PCC.

Com informações da Folha de S.Paulo