Ciro diz que se sentiu "moralmente obrigado" a "não sancionar" PT no 2º turno de 2018

"Eu não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança", disse o ex-ministro ao comentar sobre a elegibilidade do ex-presidente

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O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato à presidência em 2022, voltou a atacar o PT e o ex-presidente Lula em entrevista concedida neste sábado (20). Ele comentou sobre sua postura no segundo turno de 2018, quando viajou para Paris, e disse que se sentiu "moralmente obrigado" a "não sancionar" o PT, que enfrentava o presidente Jair Bolsonaro com o candidatura de Fernando Haddad.

"Eu não fugi não, eu me senti moralmente obrigado a não sancionar mais essas contradições do PT. Eu acho que temos de ajudar o povo brasileiro a entender que temos dois terríveis desafios pela frente", disse ao ser questionado por Adriana Ferraz e Eduardo Kattah, no Estado de S.Paulo, sobre ter fugido da associação com o PT no segundo turno de 2018.

Na entrevista, Ciro volta a condenar Lula e o PT, embarcando de vez em um discurso "antipetista". "Não há como disfarçar que o Lula é o grande responsável pelo entranhamento orgânico da corrupção na vida brasileira. É inequívoco que o PT transformou a corrupção, a fisiologia, o loteamento das estruturas centrais do Estado como ferramenta central do modelo de poder que o Lula implantou no País", declarou.

O ex-ministro ainda repetiu que pretende derrotar Lula e equiparou o ex-presidente a Bolsonaro, dizendo que o ex-capitão "é muito parecido com o Lula [em achar] que todos nós somos idiotas".

"Eu não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança. É construir o futuro e, infelizmente, neste sentido a largueza que eu sonho não é possível pelas nossas diferenças", afirmou.

A entrevista foi publicada um dia depois do ex-ministro virar alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) por suposta prática de crime contra a honra de Bolsonaro.

Confira aqui a entrevista na íntegra