O advogado Seth Abramson, colunista do site de jornalismo investigativo Proof, dos Estados Unidos, publicou neste sábado (6) um artigo que revela “a conexão obscura do Brasil com o conselho secreto de Trump” que se reuniu em 5 de janeiro para supostamente discutir a invasão ao Capitólio.
O texto aponta que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pode ter participado da reunião, que aconteceu no Trump International Hotel, na avenida Pennsylvania, em Washington. O encontro foi apelidado pela imprensa norte-americana de “conselho de guerra”.
Diversos aliados do ex-presidente dos EUA, incluindo seu filho, foram vistos no hotel naquele dia. Um desses aliados é Michael Lindell, empresário republicano que minimizou a invasão de manifestantes pró-Trump ao Congresso e fez campanha para Trump alegando fraude eleitoral.
Eduardo Bolsonaro chegou a publicar uma foto com Lindell quando a invasão ao Congresso ainda não havia sido contornada. Além disso, o próprio empresário afirmou em live na manhã do ataque ao Capitólio que esteve com “o filho do presidente do Brasil” na noite anterior.
O vídeo com a fala do empresário foi compartilhado nas redes sociais pelo jornalista Samuel Pancher.
Além de Lindell, há 22 presenças confirmadas na reunião no Trump Hotel, como Michael Flynn, ex-conselheiro de Segurança Nacional do ex-presidente Trump, Peter Navarro, assistente do presidente, Corey Lewandowski, gerente da campanha 2016 de Trump, entre outros.
A bancada do PT no Senado, através do senador Jaques Wagner, apresentará na segunda-feira (8) um requerimento de informações para a embaixada Brasileira em Washington sobre o assunto.